PGR admite que mentiu sobre negociação com JBS

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É grave e deixa as provas colhidas pela JBS extremamente ameaçadas de serem invalidadas.

Ao jornal O Globo a Procuradoria Geral da República admitiu que teve encontros com os delatores da turma do Joesley Batista antes das gravações feitas no Palácio do Jaburu e não apenas depois, no final de março.

A primeira conversa pessoal, entre o diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis Barbosa e Fernanda Tórtima, advogada do grupo, ocorreu no dia 2 de março, cinco dias antes da gravação no Jaburu, reconheceu o MP, mas alega que foi “genérica”:

“Os advogados do grupo empresarial vão à PGR, pela primeira vez, para externar a vontade do cliente de fazer acordo. Mencionaram itens, que não são anexos, de forma genérica sobre alguns temas sem detalhar nenhum deles, nem trazer nomes ou explicitar que tipo de prova trariam à negociação. Foi uma tentativa de sondar os integrantes do grupo de trabalho, que se limitaram a explicar como se dá o procedimento-padrão, com apresentação de anexos e elementos de prova para dar início à negociação”.

A Procuradoria só pode estar de brincadeira se espera que se acredite que um procurador da Força Tarefa e o próprio chefe de Gabinete de Rodrigo Janot, Eduardo Pelella, fossem se dedicar a explicar “o procedimento-padrão” aos advogados de uma das maiores corporações empresariais do país.

“Ah, obrigado, é que a gente quer delatar um carinha aí e veio aqui saber como se faz, ‘ces’ pode ajudar pra nós entendê”

E porque a Procuradoria “esqueceu” este encontro, até agora?

Como disse, outro dia, o ex-procurador e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, o MP, como representante do Estado brasileiro, não pode ser “malandro”.

Não pode agir como Joesley e contar o que interessa e “lembrar depois” do que não convém mas acaba sendo revelado.

Quando se falou, aqui, que este processo de “delação premiada” atirava o Ministério Público na promiscuidade com bandidos, não era força de expressão.

Será o fim da picada se as malas acabarem em pizza porque o Ministério Público se comporta como “moleque”.

contrib1

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17 respostas

  1. Malas, que malas? Alguém disse malas? Só ouvi falar de pedalinho…pedalinho…pedalinho…

  2. Caro Fernando eu entendi direito o Gilmar Mendes disse no SUPREMO, que o Procurador Miller escreveu a delação do Delcídio, aquele que acusa mentirosamente Lula de comprar o silêncio do Cérvero? Sendo verdade o que diz Gilmar a Procuradoria abriga fascinoras

  3. A justiça no Brasil foi geneticamente modificada e não resiste aos escândalos que ela mesma provoca e encena
    Tá fraca, tá fraca, tá fraca, fraca.

  4. O CIRCO DOS CANALHAS SÓ TEM A INTENÇÃO DE NOS MANTER “OCUPADOS” ENQUANTO O SANGUE DO BRASIL É SUGADO PELOS ENTREGUISTAS NA CALADA DA NOITE.

  5. Com seus alvos e timing estudados, com a sua seletividade, com o seu ostensivo propósito político, com as combinações espúrias que visam culpar ou livrar alguém conforme conveniências e por acima das provas, com a destruição da economia nacional e do Estado Democrático de Direito, a Lava Jato e a indústria da delação têm se revelado tão bandidas quanto os bandidos que diz perseguir. Tal como o censor se alimenta do objeto que censura, esse Estado policial e de ditadura togada, ao contrário do que apregoa, jamais quererá o verdadeiro fim da corrupção que tanto justifica a sua existência.

  6. Tudo isto faz parte do script do golpe! Estão todos interessados em prender somente o PT. Eles tentam forjar provas, mas não conseguem. Ladrões, malditos ladrões! O LULA somos NÓS! Viva o ETERNO PRESIDENTE!

  7. Esse Janot é um canalha ordinário. Embora o caráter seja igual ao de Gilmar merece, com certeza, todo o ataque de sua conduta frente a Lava Jato. Parcial e incompetente. A mentira e a canlhisse sempre foi o norte do ministério público federal nessa investigação e, o pior, político e ideológico. A busca sempre foi o ex-presidente e o PT, mas encontraram, principalmente, o PMDB e o PSDB como os partidos mais corruptos do país. Mesmo assim mentem e manipulam as delações para atingir, com o apoio da Globo, o Lula, Dilma e o PT.

  8. Caro Fernando Brito, caros leitores, caros demais jornalistas independentes.

    Todas essas cagadas de Rodrigo Janot e auxiliares dele na ORCRIM lavajateira têm o propósito claro de anular todas as provas contra as quadrilhas que apóiam ‘MT’, mas principalmente aquelas que expuseram os crimes dos tucanos graúdos.

    PHA tem mostrado de forma didática que ocorrerá com essas provas que incriminam o tucanato graúdo o mesmo que aconteceu com as operações Satiagraha e Castelo de Areia. Apenas contra Lula e o PT as provas ilícitas e os crimes cometidos por policiais da PF, por procuradores do MPF e por juízes (como sérgio moro) têm validade.

    As pizzas tucanas e peemedebistas estão no forno e quase prontas para serem servidas; falta apenas o STF acrescentar os temperos finais, o que ficará a cargo dos dois chefs tucanos que lá trabalham: Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

  9. Todo este pessoal só raciocina em termos de “força”. Leis servem apenas para serem manuseadas em misturas legais de justificativas de situações e decisões que já foram ditadas pela “força” deste ou daquele grupo. Acontece que Janot mexeu com gente que tem muita força, e sua instituição não tem suficiente força para se impor aos criminosas que ele pretendeu cercar.
    Aécio pode não ter força, mas Temer está amparado por uma facção fortíssima do chamado Mercado. É imbatível. Toda e qualquer ação legal ou policial tem suas falhas. Mas não foi isso que impediu Janot de realizar o sonho de deixar a PGR com uma biografia um pouco mais limpa, após prender Temer e Aécio. O que o impediu foi aquela facção do Mercado, que se antepôs a ele e o mandou parar com suas investidas contra o Michel. A Rede Globo, com toda sua inquestionável força, lança-se à guerra contra aquela facção do Mercado que apoia o Michel e não consegue vencê-la. Esta guerra ainda não acabou, mas tudo indica que a facção que apoia Temer vai vencer, ao final. Para piorar, o Aécio Neves, que também será beneficiado com o fim farsesco da tentativa do MP, também tem sua força nada desprezível para agregar à força do Mercado. A tentativa do MP de prender Temer ou Aécio foi um ponto fora da curva do golpe, Foi um acontecimento extraordinário, que deu a muitos esperanças de que agora haveria um pouco de verdadeira justiça. Só resta ao Ministério Público voltar a se enquadrar no esquema geral do golpe, e esquecer seu sonho desvairado de tentar equilibrar um pouco as coisas no julgamento popular de suas ações, totalmente dependentes das “forças” de outros agentes políticos, bem maiores que a sua.

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