As dificuldades de Donald Trump em alcançar a reeleição – registrada nas últimas pesquisas que lhe dão 10 pontos a menos que o insosso democrata Joe Biden – são, sem dúvida, um fator a mais para que muitos, aqui, relutem em embarcar numa aventura golpista de Jair Bolsonaro.
Agora, surge, além dos 120 mil mortos da pandemia, um outro cadáver assombra o presidente norte-americano.
O livro The Room Where It Happened, escrito por John Bolton – aquele que veio ao Brasil comer pão com leite condensado com Jair Bolsonaro – o ex-Conselheiro de Segurança Nacional de Trump está para ser lançado, com uma penca de escândalos contra o ex-chefe.
Entre elas, um insólito pedido ao presidente chinês, Xi JinPing, para aumentar as compras agrícolas dos EUA e melhorar o seu desempenho eleitoral no Meio-Oeste e outras áreas agrícolas norte-americanas, tentativas de interromper investigações criminais no caso da sabotagem a Biden e até um comentário de que seria “legal” anexar a Venezuela aos Estados Unidos.
Trump tem tentado, inutilmente, impedir a publicação do livro, alegando que qualquer conversa com o presidente dos EUA “é classificada”, isto é, é segredo de Estado.
Até agora, foi derrotado, e o livro está pronto para ser lançado na próxima terça-feira.
10 respostas
Como minha mãe dizia, temos “o roto falando do descosido”. Não nutro um pingo de simpatia por qualquer dos dois. Por isso, fico à vontade para questionar: é possível levarmos realmente a sério o que diz um ser tão diminuto quanto Bolton?
Não tenho a menor ilusão de que Biden venha a ser um presidente melhor para o mundo do que Trump. Afinal de contas Obama foi o “senhor da guerra” e Trump até que esfriou os canhões. Mas não é possível que um troglodita como Trump se reeleja, porque o dano civilizatório é tremendo. Sua parceria Caracu com o Bozo é das coisas mais repugnantes da história.
Isso é verdade, mas nessa quadra de indignação com o racismo e o fascismo, o que menos o Partido Republicano deseja é qualquer referência a alguma ligação do Trump com Bolsonaro, que é tido como uma extensão grotesca e subdesenvolvida do próprio Trump. Quando o New York Times, que é anti-trump, apresenta Bolsonaro como uma caricatura nazista retratada por um chargista genial, é porque ele tem um objetivo político claro, que é atingir o próprio Trump na guerra eleitoral ora em curso. Ataca o pupilo para atingir o mestre..
Resumo da opereta; a rainha louca deve ser internada até o Natal. Trump não se reelegerá e a festa acaba.
eu creio que só em 2021, em janeiro. pra não ter eleições diretas!
Esse Bolton é aquele sujeito para quem o bozo bateu continência?
Lá o cara vai lançar um livro entregando os podres do Trump, aqui o Queiroz não presta nem depoimento.
As vezes eu acho que o Trump pensa que está no Brasil. Primeiro, querendo mandar o Exército contra manifestantes e agora querendo censura prévia de uma obra. Esse tá viajando mais que o Bozo! kkkkkk
Bozo está atravessando um corredor polonês, reminiscências de suas diversões no banheiro do quartel feito com toalha molhada (é uma brincadeirinha, claro). A coisa vai apertar de verdade quando começarem as prisões de seus próximos. Creio que ele só tem uma saída que “agrada” ao mercado (nunca subestimar esta força): suicídio ou renúncia, porque aí fica o Mourão que com o Guedes garante a realização das reformas e pronto, é o melhor dos mundos. Suicídio é possível porque morreria como mártir e não teria que enfrentar a cadeia depois de estar solto nas ruas. Renúncia terá que ser negociada com a justiça, o que não será uma novidade.
Ano eleitoral é o famoso ano da lavação de roupa suja. E o ex-aliado Bolton já trouxe as roupas encardidas do Trump à público.Acrescentando-se a isso a pandemia em alta e a economia em baixa, e Trump não terá tempo nem condição de dar atenção ao seu subalterno brasileiro. Bolsonaro está no mato sem cachorro.