Thamea Danelon, ex-coordenadora da Lava Jato em São Paulo, e Deltan Dallagnoll, coordenador da operação em Curitiba, dispuseram-se a ser consultores para fazer a minuta de um pedido de impeachment de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, apresentada pelo advogado Modesto Carvalhosa.
Não é preciso dizer que, além de não serem parte legítima para fazer isso, a competência para agir contra ministros do Supremo é exclusiva do Procurador Geral da República.
Não é apenas antiético, é criminoso, porque Carvalhosa é advogado dos acionistas minoritários da Petrobras, que podem se beneficiar pecuniariamente dos processos da Lava Jato, cuidados do Danelon e Dallagnol.
Mais grave ainda que a procuradora Danelon foi mencionada pelo provável Procurador Geral da República, Augusto Aras, como possível coordenadora nacional da Lava Jato.
Nomeação que, se houver lógica, não acontecerá, pois seria uma afronta ao STF.
Como será uma ofensa que o Conselho Nacional do Ministério Público continue protelando as punições administrativas a Dallagnol, como vem fazendo.