Contra as expectativas, a Petrobras anunciou ontem um aumento de 6,1% no diesel, mas manteve inalterado o preço da gasolina.
A razão não é econômica, é política.
Vendo arderem as barbas do vizinho, o governo pôs as suas de molho por conta dos acontecimentos do México, onde ontem estourou o que está sendo chamado de “gasolinazo”, protestos e até saque de lojas deflagrado por conta do aumento de 14% na gasolina anunciado pelo governo Peña Nieto.
Tecnicamente, para seguir na gasolina o mesmo padrão do diesel – há bem poucas razões para ser diferente – a gasolina deveria ter um reajuste em torno de 5%.
Mas a empresa, sob orientação da Fazenda, não quis “estragar” o único troféu econômico da “equipe dos sonhos” liderada por Henrique Meirelles e optou por reajuste apenas no diesel, cujo impacto nos preços se “estica” mais no tempo, porque vai se refletir na cadeira de produção e de comércio que usa o diesel em sua cadeia de negócios.
A política de “mercado” não existe em estado puro e não foi ela quem determinou a redução – que nunca chegou ao consumidor – dos preços em outubro, quando o petróleo já estava num processo de baixa que todos sabiam não ir longe e que virou para uma alta de alta internacional que, de lá pra cá, reverteu a tendência e acumula uma alta de 10% de lá para cá (ou de 20%, considerado o preço mais baixo atingido, em novembro).
A explicação oficial de que o diesel precisa subir por conta do “inverno no Hemisfério Norte” é de morrer de rir, porque, afinal, todo mundo sabe que o inverno no Hemisfério Norte, desde o tempo dos dinossauros, começa em dezembro.
O que está ajudando a “segurar” os preços do combustível é outro artificialismo: a cotação do dólar, que está evidentemente depreciado e que, como você vê no gráfico da GlobalPetrolPrices.com, está permitindo uma “alta” dos preços na moeda americana.
Como todo mundo no setor sabe que os preços irão subir, os postos vão cobrar “por conta” e, na prática, o preço da gasolina que não baixou com os rebaixamentos feitos há dois meses, vai subir por conta do aumento que a Petrobras não fez.
E o México? Hasta la vista, baby….
7 respostas
E os PATETAS? Estes dão na vista, baby!
Essa canoa vai virar, e o time dos sonhos golpistas na economia vai se transformar no time do pesadelo…vamos ver se o Traíra segura a fúria do povo com suas mesóclises….
E os coxinhas disseram que tudo já estava melhorando quando o temerário anunciou redução de R$-0,01 no preço da gasolina. Que otários. Aumento no diesel acarreta aumento de preço em toda a cadeia de produção.
Não só os coxinhas que comemoraram a redução de um centavo, a mídia também.
Já que a redução feita anteriormente foi ato político por parte do governo golpista para se criar um fato positivo para minimizar o estrago feita pelos escândalos na imagem do governo que já não era das melhores.
Os combustíveis são produtos da Estratégia e do Interesse Nacional. Obedecer à flutuação do mercado é expor toda a economia ao sobe e desce do petróleo trazendo insegurança à toda a produção e à sociedade.
Por isto, todo o trabalho estratégico dos Gov Trabalhistas para com a Petrobrás, o Pré Sal e os investimentos na cadeia produtiva do Petróleo.
O governo golpista está desarticulando tudo isso e jogando o Brasil ainda mais no Mundo das incertezas e na dependência dos acontecimentos externos.
Canalhas canalhas canalhas
O México apostou na ALCA, o que o fez refém da economia americana e seus humores. Se o Trump fizer o que prometeu (inclusive cercar a fronteira com o país), eles quebrarão mais uma vez. E o maluco já fez a Ford desistir de uma fábrica no México e agora ameaçou a Toyota com um imposto altíssimo se ela fabricar seus produtos no país vizinho. Quando o Lula fechava contratos com a África, o Oriente Médio e a Ásia era para diminuir a dependência do mercado dos EUA para nossos produtos. E foi criticado por isso. Agora vemos esse governo incompetente aniquilando com o Mercosul e com o desdém à esse mercado e ao próprio BRICS, que já deveria se chamar RICS. Nesta ópera bufa, voltaremos a ser o quintal dos americanos. E vamos pagar impostos pesados para nossos produtos entrarem nos EUA. Isso não é especulação, isso é realidade.
Não era isso que os coxinhas queriam? Preços livres e seguindo o padrão internacional igual dos States? Nisso que dá.
Porém cadê a indignação dessa gente toda? Cadê piquetes nas estradas promovido pela caminhoneiros? Sumiram?
Se a Dilma ainda governace já estariam nas ruas protestando mas como é o Temer que governa com o apoio do PSDB nenhum pio.
E a mídia chapa branca nem sequer botou o aumento do combustível feito pela Petrobras na capa de jornal e nem nos portais no estilo garrafal, esconderam tudo para poupar o queridinho do presidente que apóiam.