Imbecil que “mata” maconheiro no Natal sai do ar. Mas por infarto, não por decência

sikera

A coluna de televisão da Folha noticia que o apresentador Sikêra Júnior, da TV Alagoas,  do SBT, foi hospitalizado ontem, após um princípio de infarto. Como  “colega” de cardiopatia,  desejo que se recupere, fique bem e dê mais valor à vida.

E como ser humano desejo que ele não volte nunca à TV aberta, para promover os  espetáculos de horror que protagoniza, o último deles em dizer que os “maconheiros vão morrer até o Natal”.

Se a intenção é ser humorístico, meu Deus, só dá para rir do que se dispõe alguém a fazer para ter audiência.

Sikêra Junior promovia diariamente espetáculos de horror e incitação ao preconceito e à violência num canal que é uma concessão pública.

Existe uma “leizinha” que diz que os canais de comunicação concedidos terão como princípio  o ” respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”.

Chama-se Constituição Brasileira.

E se algum espectador alagoano tivesse “ajudado” a cumprir-se a “profecia” de Sikêra e resolvesse matar um “maconheiro” antes do Natal?

Ia ser também um “acidente pavoroso”?

Pavoroso é o que as grandes redes de comunicação estão fazendo em matéria de brutalização do povo brasileiro.

Depois estes imbecis dizem que controle social da mídia é censura.

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8 respostas

  1. Pois é isso,na sua quase totalidade,aqui e acolá,o que produz o ” JORNALISMO “,essa ” PROFISSÃO ” tão decantada em PROSA E VERSO pelos próprios,falando em LIBERDADE DE EXPRESSÃO,quando na realidade,em versos toscos que meu intelecto medíocre consegue,A LIBERDADE DE EXPRESSÃO ,não é mais que a OPINIÃO DO RESPECTIVO PATRÃO.Em suma,uma PROFISSÃO OBEDIENTE! Eu acho que LIBERDADE ,precisa da eliminação DO PATRÃO ! Eu acho que EDITAR E MENTIR,tem o privilégio de ESCONDER FONTES,e constrói CÉREBROS NÉSCIOS.

  2. Caro Fernando,

    Isto vem de longe. Começou com um ou outro programa, na década de 1990, e se espalhou como epidemia na 1ª década do século XXI.
    Assim, a tevê aberta ficou empestada de programas estilo mundo-cão, exibindo ações policiais ao vivo e corpos expostos em meio a poças de sangue.
    E sem qualquer respeito à chamada classificação etária, tais programas foram sendo exibidos em qualquer horário: na hora do almoço e ao longo da tarde e da noite.
    Como esse apresentador, muitos outros ganharam grana e fama vociferando ódio e preconceito, enquanto repórteres na rua ou em delegacias humilhavam suspeitos, para os quais já tinham acusação e condenação prontas. Por óbvio, esses suspeitos eram geralmente os PPPs.
    Vários desses profissionais se aventuraram até pela política, alguns com sucesso.
    Tudo isso com a complacência e omissão dos órgãos e servidores públicos, inclusive MP, quando não com colaboração, à medidas que crescia a audiência desses programas. Vale lembrar: a Constituição era a mesma.
    Muitas crianças e jovens chegaram à vida adulta assistindo a essa barbaridade, com a cultura da banalização da morte e do fetiche pela violência.
    Pior é que essa cultura está virando o normal. Até quando?

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