Quem morre de Covid é “bundão”, presidente?

Acabou de acontecer o festival de charlatanismo “Encontro Brasil vencendo a Covid-19” no Palácio do Planalto”.

Foi um desfile de médicos que resolveram apoiar – e que continuam a apoiar – o uso anticientífico da hidroxicloroquina.

O mais interessante, porém, é que ficamos sabendo que devemos esta importante conclusão terapêutica a Arthur, o irmão do ex-trapalhão da Educação, Abraham Weintraub, e aos “estudos clínicos” do professor doutor Jair Messias Bolsonaro.

Os resultados obtidos foram os relatos de “médicos que eu conheço” e a prova é que “dez ministros pegaram Covid, se trataram com hidroquixicloroquina e nenhum deles foi internado”.

-Quando eu peguei, tomei e estava bom no dia seguinte.

Este pessoal da China, de Oxford e quem mais esteja gastando milhões em testes para vacina não passa de uma tropa de bestas: é só pegar dez ministros de Bolsonaro e vacinar. Se não pegarem a doença pode mandar distribuir a granel, como obrigaram o Exército a fazer com a cloroquina.

Claro que Bolsonaro lembrou, também, seu “histórico de atleta” e ironizou a imprensa, dizendo que “quando pega num bundão de vocês, a chance de sobreviver é bem menor”.

Não se tem, claro, a ideia de que os 115 mil brasileiros mortos fossem “bundões”, como diz o presidente.

Bolsonaro, certamente um dos candidatos ao Nobel de Medicina , disse que se a hidroxicloroquina não tivesse “sido politizada”, grande parte da multidão de mortos estaria salva.

Acredite quem quiser que o mundo inteiro, centenas de milhares de cientistas e médicos, estão todos errados e o Doutor Jair certo, declarando ao mundo que a hidroxicloriquina, é do Brasil, sil, sil para o mundo.

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