Vi, na minha vida política, as podridões do Executivo e do Legislativo.
Jamais, porém, vi nada tão podre como o Judiciário.
Rábula inveterado, porém, fui diversas vezes à Justiça.
Sem dinheiro para pagar senão modestamente , escrevi petições, recursos, todo o tipo de peças jurídicas, nem tão más que não permitissem que , em nenhuma das ações, fosse derrotado.
Nem nas mais simples, de Código de Defesa do Consumidor, nem naquelas que subiram ao Superior Tribunal de Justiça.
Defendi filha, ex-mulher e a mim.
Há quase trinta anos, fui indiciado por estelionato por terem roubado do banco um talonário de cheques com meu nome.
Só agora começo ser indenizado pelo dano moral que permite, a qualquer um, a dizer de mim que “estive envolvido num caso de estelionato”.
Fui impedido por meses de ver um filho, amado e apoiado sempre, por razões que não vem ao caso relembrar.
Por maior sublimação que tenha e devo ter em relação aos personagens da história, não tenho alternativa senão a de ter nojo do Poder Judiciário.
Aprendi a observar a insensibilidade desta gente, que se julga maior que todos nós, campeã daquilo que achamos que eles combatem: a impunidade.
Fazem o que querem e nada lhes acontecem.
Hoje, por seis votos a cinco, a Supremo, além das suas mazelas diárias, cometeu mais um crime contra o Brasil.
Um dos vários que faz ao elevar a questão nacional, o que apenas são bobagens reacionárias.
A Folha publica pesquisa que revela que apenas 3% da escolas fazem ensino religioso confessional.
O Supremo acaba de abrir o ensino confessional como “negócio” para as seitas, muito além do que faziam escolas católicas e evangélicas de confissões convencionais, que jamais fizeram do obscurantismo sua grade curricular.
O mais curioso e dramático é que tal discussão, absolutamente periférica, foi provocada pela Procuradoria Geral da República em nome de impedir a educação religiosa confessional, que acabou dando no contrário.
Legitimou a Escola Confessional do Evangelho Triangular e Quadrangular do Jesus dos Últimos Dias e dos Derradeiros Segundos.
Agora, as nossas crianças estão livres para aprender que Darwin era um blasfemo, Einstein, um apóstata e que a ciência é, afinal, um plano de Satanás e que transfusão de sangue é uma arte do demônio para espalhar o mal.
Justiça, no Brasil, virou sinônimo de obscurantismo.
10 respostas
Numa sentença, podemos resumir o poder judiciário, com as minúsculas que ele merece, pela vileza do caráter de seus integrantes, da seguinte forma:
“O judiciário é o mais corrupto, oligárquico, reacionário, injusto, escravocrata, plutocrata, entreguista e obscurantista dos poderes.”
Uma tentativa de retomada do dominio religioso por parte da ICAR no Brasil?
Ainda diremos, como Voltaire: “esmagai a infame!”. A quem interessa o domínio de uma religião falsa que propaga a mentira num pais que já vive mergulhado na falsidade e hipocrisia?
A involução brasileira passa pelo judiciário , são coisas de deuses . E não vale a teoria destruir para reconstruir sob nova administração .
Pretensiosamente plagio Émile Zola; J’Accuse.
A “débâcle” da (ex)Justiça Brasileira é obra a quatro mãos do STF, do CNJ, da “vaza-a-jato” e da OAB.
Apenas uma das causas, a Política:”Quando a Política penetra no recinto dos tribunais a Justiça se retira por alguma porta (B. Brecht).
Não há “débâcle”, sempre foi assim.
Suprema piada. O pais do é mas não é. Quando vai acabar esse pesadelo?
isso porque o Estado é laico.
Como vamos julgar e ou condenar paises arabes ou muçulmanos por suas guerras sectárias?
Agora aquela seita que tiver mais $$$$$$$ no Brasil , e voce sabe qual vai ser ,vai estabelecer suas madrassas de norte a sul. graças ao judiciario.
Todo o sangue das guilhotinas em 1789 a 92 foi em vão?
Estado e fé: STF permite ensino confessional de religião nas escolas
Camilla Costa – @_camillacosta Da BBC Brasil em São Paulo 27 setembro 2017
Sinceramente, a principio não vou torpedear o STF. Na verdade, a judicialização do assunto é que pautou pelo caminho errado. Essa questão deve ser discutida na sociedade civil. O Judiciário não é resposta para todas as questões: sociais,politicas,economicas,criminais,trabalhistas e religiosas. Ao meu ver o judiciário, embora se divulgue outra imagem, é formado por pessoas , algumas, com conhecimentos abundantes de direitos, todavia com insuficiencia de conhecimentos de outras áreas culturais ou educacionais.A questão é de que toda sociedade brasileira busca logo o judiciário como última fronteira o que é errado.Leiam sobre o assunto e verifique que não se trata de assunto da esfera jurídica e sim do campo educacional.No meu ponto de vista, o STF deveria se achar incompetente para julgar o assunto e transferir para o poder legislativo editar uma consulta popular sobre o que acham os brasileiros, principais interessados nessa discussão.Se o viés do judiciário foi usado, entendo que foi de que tudo que acontece aquí dentro, logo se recorre ao judiciário, como se fosse “os donos da verdade”.E é nisso que dão suas decisões desembasadas em áreas que não são de sua competencia se manifestar.
Também quero divulgar minha fé. Tenho uma fé inabalável na inexistência de qualquer coisa sobrenatural.