Nada mais revelador da (falta) de capacidade de Sergio Moro de reunir em torno de si nada (a não ser uma penca de deslumbrados, sem densidade e trajetória políticas, que acham que é a toda hora que aventureiros se elegem para a presidência, como em 2018) do que a reação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dizendo que há “chance zero” de subir ao palanque de uma candidatura Moro, porque este “é de extrema-direita”.
Ufa! Foi preciso que alguém indubitavelmente à direita, como Maia, para que se pare de falar na pretensa candidatura Moro como “de centro”!
Sim, é exato. Sem o “fermento” Moro, Jair Bolsonaro jamais teria deixado de ser um personagem folclórico, detestável mas pouco perigoso.
Quem colocou o Brasil no “ciclo do ódio”, como disse mais cedo, foi o ex-juiz carreirista que, há muitos anos, transformou seu tribunal em palanque para projetar-se e se imbuiu-se da atitude de maroto “salvador da pátria”.
Moro, se ainda precisava de um “pede para sair”, ganhou um de Rodrigo Maia.
Que, aliás, já produziu efeitos e fez Luciano Huck disparar para a imprensa que está almoçando com Maia e que “sua turma” é essa.
Moro é uma lata velha sem chance de reparo.