Este blog abriu uma única exceção – mais moral que eleitoral – nas eleições passadas, para manifestar apoio a um candidato, exceto o presidencial.
E felizmente não se arrepende do que disse do senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, com quem, aliás, não tem amizade pessoal.
Hoje, Mota não apenas anunciou que, como relator do processo contra Delcídio Amaral, proporá a sua cassação como emitiu conceitos que estão longe do “sem sal” e do “rolando lero” do “politicamente correto”.
Está na Folha:
O senador disse que há indícios de que houve quebra de decoro parlamentar. “A defesa alega que, naquela conversa, o senador estava tendo uma conversa particular, familiar. O senador é senador no banheiro, no futebol, no plenário. Ele é senador a todo momento. Então, não tem conversa particular”, afirmou (Mota)
E não ficou tecendo loas a esta instituição da alcaguetagem que se transformou a delação premiada, que virou chave de cadeia para sem-vergonha se livra das condenações, empurrando, com ou sem razão, as culpas para cima de outros.
“O delator tem dois defeitos: primeiro ele é reu confesso e depois ele é frouxo. […] Para mim, o corrupto tem que ficar bem pianinho. Tem que voltar lá para o lugar dele”, disse.
Telmário fala “na lata”, como se diz aqui no Rio. Usa a linguagem do que é: povão. É por isso que chamou José Serra de traidor do Brasil por pretender entregar o pré-sal.
Um meia-dúzia assim no Senado e a Casa seria outra coisa.