Saideira para as moscas

A pesquisa da Associação Nacional dos Restaurantes, publicada na noite deste sábado pela Folha, a primeira que se tem para o segmento destes e dos bares, que acabam se enquadrando nesta categoria, é apavorante: “22% dos donos de estabelecimentos afirmam que não conseguirão manter os seus negócios após a pandemia. Em dados absolutos são 200 mil empresas do setor em todo o país que sinalizaram dificuldades para sobreviver.”

São três milhões de empregos nesta atividade e, entre os que fecham e os que reduzem o pessoal, não é nenhum exagero perderem-se 1 milhão de postos de trabalho.

Nos dados oficiais do Caged, são 350 mil que perderam o emprego de carteira assinada e pode-se, tranquilamente, dobrar este número com os que trabalham informalmente e acrescentar os próprios donos, em geral os gerentes e “caixas” dos estabelecimentos.

Diz a pesquisa que 86,5% dos dos entrevistados “afirmam não faturar nem a metade em relação a julho de 2019” e que 26% não conseguiram pagar a folha salarial no 5º dia útil de agosto. 69% dos ouvidos suspenderam contratos ou reduziram jornadas e salários de seus funcionários.

Ou, é lógico, reduziram os funcionários.

Para muitos, o emprego foi a “saideira”: pela idade e baixa qualificação apara atuar em outras áreas, não há, para eles, outro emprego à vista.

 

 

 

 

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