Queda de Parente: o problema não acaba, a crise também não

petropixa

A escolha do novo presidente da Petrobras é o próximo capítulo da novela do preço dos combustíveis, que teve seu primeiro clímax com a paralisação dos caminhoneiros. E que está longe de acabar.

Hoje, dificilmente sairá o nome do ocupante do cargo “definitivo”, seja por conta das disputas políticas – lembre-se que é Moreira Franco, Ministro das Minas e Energia, quem deverá formalizar a indicação do escolhido – seja pela dificuldade em encontrar algum nome capaz de dar ao “mercado” a ideia de que não se interferirá na política de preços.

Até porque é inevitável que se interfira.

Parente estava cercado e já previa que poderia sair, tanto que deixou “standby” o cargo de presidente da BRF, que estava à sua disposição.

Está claro que não existem mais objetivos de longo prazo e, neste momento, nada preocupa mais o Governo em evitar que se consume a reunião de elementos que exploda o único patrimônio que ainda lhe resiste: a taxa de inflação “civilizada” e, com ela, o nível da taxa de juros públicos.

Porque estes elementos, a começar pela sustentação do dólar acima do patamar de R$ 3,70, estão todos presentes e, agora, agravados pela elevação dos preços do setor que vinha segurando altas inflacionárias: o de alimentação.

Parente estava cercado e já previa que poderia sair, tanto que deixou “standby” o cargo de presidente da BRF, que estava à sua disposição.

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22 respostas

      1. Não espere nada. Não se esqueça que o substituto de pedro “apagão” parente deverá ser aprovado pelos mesmos representantes do deus mercado que mandam no temer. parente é apenas um boi de piranha que deve ter aproveitado o momento de anunciar sua saída para dar lucro a muito gente.

  1. Vejam só quanta solidariedade ao povo e à situação de nosso Erário. A Associação dos juízes federais de Santa Catarina queria que seus “nobres” representados recebessem horas extras, apesar de ser proibido pelo fato de receberem subsídio (proíbe acréscimos). Fora o fato de já receberem o tal auxílio-moradia pra quem nem mudar de sede mudou. É de um egoísmo e cara de pau extremos!!

    E aí, Dona Carmem, vai julgar as benesses extras ou vai só ficar no golpismo do papo furado de parlamentarismo?!?!

    https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/06/01/juizes-federais-nao-podem-receber-remuneracao-extra-por-plantao-decide-justica.htm

    1. A dona Carmita que você se refere é a tal da “vassoura”?????
      Se for , ela concordará e ainda aprovará mais uns penduricalhos.

  2. Em qualquer lugar do planeta uma indústria só trabalha com 605 de capacidade em caso de crise de consumo do seu produto. A Petrobrás não tem crise de mercado pois o consumo é certo e constante; foi buscar combustível no exterior pagamento preço alto e deixando ocioso seu parque industrial cujos custos não se alteraram. É fácil ver que tinha algo de podre nessa política que a cada dia aviltava a companhia com vistas a seu sucateamento e venda por preço irrisório. Chega o que fizeram na VALE 20 anos atrás. A saída do presidente é um passo mas os outros têm que passar pela nomeação de alguém competente no ramo, nacionalista e voltado à produção. Ninguém do mercado financeiro.

  3. Quem dá uma pista para que o caso Parente/Petrobras seja bem entendido é o jornalista Luis Nassif, que conhece Parente desde os tempos do Apagão FHC. Nassif afirma que ele é um gerentão, muito capaz de tocar tecnicamente um projeto segundo metas que algum chefe lhe apresente, mas incapaz de estabelecer sozinho tais metas e estratégias. A atual tragédia teria vindo, segundo o Nassif, do fato de Parente tentar estabelecê-las por conta própria. Ele precisaria de chefes que fizessem isso para ele. Mas… Será que tais chefes não existiram? Será que o Nassif não está enganado, quando pensa que Parente saiu da gerência para assumir o comando? É de se crer que muito dificilmente Parente, um gerentão, estabelecesse metas tão ousadas por conta própria. Sabendo disso tudo temos então que, em sua carta de demissão, Parente afirma que entregou tudo o que estava encomendado. Então, se estava encomendado, não tinha sido criado por ele. Depois, Parente agradece insistentemente a ajuda e o apoio do Conselho de Administração da Petrobras. Agradece, reagradece e agradece de novo. Será que sua fonte de metas e estratégias, as quais ele não seria capaz de estabelecer sozinho, vieram do tal Conselho de Administração? Ele sugere ao Temer que escute os membros deste Conselho antes de escolher o seu sucessor. Obviamente, para continuar a pintura com as mesmas cores, mas com tintas diferentes. Nesta perspectiva de análise, chama a atenção o recentíssimo pedido de demissão do representante da Shell do tal Conselho ao qual Parente se curva genuflexo. Será que isso deixou o Parente sem chão, sem sua fonte de metas e estratégias?

  4. O objetivo era destruir a Petrobrás. Quase que consegue.
    Não será difícil encontrar outro bandido para ser presidente, tem muitos, afinal o governo já é. A Petrobrás é que tem uma longa e dura tradição de resistir às tentativas de destruição.
    Enquanto houver a globo a Petrobrás corre risco.

  5. Se isso aqui não fosse uma republiqueta de bananas onde uns são perseguidos enquanto outros são protegidos, este sujeito saíria direto da Petrobrás para as masmorras de Curitiba. Mas ele é tucano, ele é entreguista, ele é pau mandado do “mercado”, então nada vem ao caso. Dá pra arriscar um palpite: todo o prejuízo causado em menos de dois anos apenas na Petrobras deve ser maior que a soma de tudo que a corrupção arrecadou nesta terra desde o descobrimento.

  6. Sobre a dívida pública, ela a cada mês está subindo em média um décimo do valor de mercado da Petrobras inteira. Com superávit primário e com tudo.

  7. É verdade, tudo continua, quem continua mandando é o golpe, são os golpistas. ao que parece, os caminhoneiros, com apoio de áreas do próprio, no intuito de resolver seus problemas com o diesel e o frete, entraram em greve, uma das maiores dos últimos tempos, que também tinha o objetivo de impactar a opinião pública e angariar apoio,no sentido de criar problemas que justificassem a não realização das eleições de outubro. Algo deu errado.ou a flata de adesão ou o despreparo político de Parente. Pedro Parente não tinha competência para gerir uma empresa estatal, muito menos a Petrobras. É um problema dos técnicos que servem tão somente ao mercado, ideológico. Inventou um prejuízo que nunca existiu, disse ter pago dívidas todas assumidas com base no patrimônio e nome da Petrobras no mercado internacional e sendo pagas sem problemas pela Companhia. Desestabilizou a estrutura existente de produção de derivados de petróleo, usando menos o petróleo nacional no refino, resultando por estar a Petrobras pronta em sua estrutura de refino para maximizar a produção de diesel, passando a fazer uma mágica besta (há até quem desconfie de corrupção) de exportar o petróleo nacional, produzido em nível compatível com a autossuficiência do Brasil, para importar derivados, principalmente o diesel. Em julho passado, com a alta do petróleo no mercado internacional, alterou completamente a política de preços da Petrobras, que funcionava há mais de sessenta anos, e enfrentou crises do petróleo como as de 1973 e 1979, e diversas crises cambiais, estas que não acontecem agora, porque Lula/Dilma elevaram nossas reservas para mais de US$ 340 bilhões. Essa mágica do Parente levou a Petrobras a ser a única empresa do mundo, sem problemas cambiais e dispondo de petróleo bruto a entrar em crise e de quebra impactar a economia do país.. Nos preços dos derivados, simplesmente manteve totalmente dolarizado ao nível dos preços internacionais o petróleo processado, não admitindo nenhum abatimento no petróleo nacional utilizado, mesmo parte, perfeitamente factível, e compatível para servir de anteparo às variações de preços diárias do petróleo, permitindo um prazo ao mercado interno para se ajustar à cobrança das variações desses preços. Esse diferencial do preço internacional do petróleo e o custo de produção do petróleo nacional na estrutura de preços dos derivados é onde se encontra a verdadeira fonte de recursos da Petrobras, já que o petróleo posto na refinaria não deve chegar na média a US$ 15,00 o barril, quando está no mercado internacional mais de US$ 70,00 o barril. Só esse mecanismo, num cálculo grosseiro possibilita ganhos da ordem de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 240 bilhões) anuais. Preferiu tudo desconsiderar e continuar precificando derivados como se estivesse numa feira livre, variando a cada dia, técnica que ninguém adota no mundo. Claro que não era burrice, tudo está atrelado ao objetivo de privatizar a Petrobras, um crime de lesa pátria, que se danem o povo e o país. Como o governo Temer é da mesma linha entreguista, só demitiu Parente a pedidos, inclusive o dele mesmo.

  8. A queda do parente é uma vitória, mas não podemos desprezar a capacidade do temer e golpista para a destruição do país.
    Eles, os golpista, globo, stf, moro, temer, etc, não desistem nunca na sanha pela destruição do país.

  9. Quem dá uma pista para que o caso Parente/Petrobras seja bem entendido é o jornalista Luis Nassif, que conhece Parente desde os tempos do Apagão FHC. Nassif afirma que ele é um gerentão, muito capaz de tocar tecnicamente um projeto segundo metas que algum chefe lhe apresente, mas incapaz de estabelecer sozinho tais metas e estratégias. A atual tragédia teria vindo, segundo o Nassif, do fato de Parente tentar estabelecê-las por conta própria. Ele precisaria de chefes que fizessem isso para ele. Mas… Será que tais chefes não existiram? Será que o Nassif não está enganado, quando pensa que Parente saiu do modo gerência para assumir o modo comando? É de se crer que muito dificilmente Parente, um gerentão, estabelecesse metas tão ousadas por conta própria. Sabendo disso tudo temos então que, em sua carta de demissão, Parente afirma que entregou tudo o que tinha se comprometido a entregar. Então, se tinha se comprometido a entregar algo, este algo já estava estabelecido, não tinha sido criado por ele. Depois, Parente agradece insistentemente a ajuda e o apoio do Conselho de Administração da Petrobras. Agradece, reagradece e agradece de novo. Será que sua fonte de metas e estratégias, as quais ele não seria capaz de estabelecer sozinho, vieram do tal Conselho de Administração? Ele sugere ao Temer que escute os membros deste Conselho antes de escolher o seu sucessor. Obviamente, para continuar a pintura com as mesmas cores, mas com tintas diferentes. Nesta perspectiva de análise, chama a atenção, já em meio à fogueira acesa pelos caminhoneiros, o recentíssimo pedido de demissão do representante da Shell do tal Conselho ao qual Parente se curva genuflexo. Será que foi isso, e não as súplicas de Temer, o que deixou o Parente sem chão, sem sua fonte de metas e estratégias?

  10. Para completar a comédia, bem que Temer poderia nomear Antônio Kandir para a presidência da petrobras

  11. Pra mim, foi Gilmar quem meteu seu bedelho, e determinou, com seu sorriso largo, a Michel, amigo do peito, o afastamento do Parente do cão.

  12. Governos péssimos nos restou o Figueredo e o segundo mandato do Corno manso. Só que agora temos o Themmeroso que é muito pior que o Corno Manso. Intragável em todos aspectos.

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