Saia da proximidade dos fatos presidenciais, com a repulsa que eles provocam, e tente ver o que se está se desenhando com eles, como faziam na Mesopotâmia com o extispício, para adivinhar o futuro com as entranhas de animais.
A menos que você acredite no camarão mal-digerido, parece ter havido, com o crustáceo ou não, um movimento de vitimização e , bem rápido, a sua reversão, com um presidente que oscilou, em poucas horas, entre desfile de jet-sky, gemidos de “ai, eu estou morrendo” e, logo a seguir o pontapé inicial de um jogo de futebol de pseudo- sertanejos.
É possível que esta rapidez tenha a var com a falta de efeitos políticos do suposto drama presidencial, tanto quanto o camarão ajudou a suspender as críticas pelos folguedos praianos.
Ainda que já fossem minoritários, os comentários bolsonaristas e as “ondas” que produziam nas redes sociais enfraqueceram mais, nos últimos dias.
O que, é claro, não vai lhes atenuar a agressividade.
A nova onda de Covid só prolongará mais a memória social de suas responsabilidades.
A coisa está ruim para o ex-capitão e vai ficar pior.