O ministro Luiz Edson Fachin, ao determinar que o Conselho Nacional do Ministério Público preste, até segunda-feira, informações sobre as razões dos intermináveis (já são 42) adiamentos do julgamento da ação que o ex-presidente Lula move contra Deltan Dallagnol pelo “powerpoint” em que o acusava de chefe de uma organização criminosa, está agindo a sério ou preparando mais uma chicana jurídica?
Aquela acusação, afinal, foi objeto de um processo perante a Justiça Federal e, em última instância, considerada improcedente.
Foi, porém, exibida por Deltan Dallagnoll, ao vivo, em rede nacional.
Só que, no próximo dia 13 de setembro, sua eventual culpa prescreverá e, assim, garantirá a impunidade ao procurador “intocável”.
Seria, afinal, a consagração do “Aha-Uhu, o Fachin é nosso” da Vaza Jato do The Intercept.
Aliás, o Supremo não tem economizado em proteções ao enfant terrible da Lava Jato
É uma última e precária esperança de que aquele espetáculo midiático mereça castigo, ainda que quatro anos depois de ter sido realizado e produzido os efeitos político-eleitorais que pretendia.