Tebet no JN foi do tamanho do seu eleitorado

A entrevista de Simone Tebet ao Jornal Nacional foi exatamente igual à sua candidatura: não atraiu nem empolgou quem quer que seja.

E, é claro, nada a ver com o fato de ser mulher – e francamente, este negócio de ter “coração de mãe” e “saber cuidar da casa” não é mais só o que as mulheres têm a dizer na vida pública e na política, faz muito tempo.

E, até que seus discursos passaram a incorporá-la, não faz muito tempo, nem mesmo militância contra as discriminações de gênero.

A entrevista de William Bonner e Renata Vasconcelos mais mereceria o nome de “questionário”: perguntas genéricas e irrelevantes a alguém que, há quase oito anos no Senado deveria ter algo a dizer, mas não disse. Por exemplo: ter votado a favor da derrubada da primeira mulher a presidir o Brasil, os direitos sociais das empregadas domésticas, direitos reprodutivos e muito mais.

Também não foi tratada a trajetória da tal 3a. Via, da qual ela foi a sobra minguada do que se vendia como um grande movimento do tal “centro democrático”, expressão que agora só ela lembra, pois a grande mídia esqueceu.

Até na economia, foi um zero, pois poderia ter falado, como dona de grandes fazendas, uma dela em terra disputadas por indígenas Guarani-Kaiowá. Seria uma oportunidade de ouvirmos algo sobre o “agro-pop” trazido à tona na entrevista com Lula.

É que Tebet, embora seja uma pessoa gentil e educada, não tem trajetória política, ideias ou representatividade que lhe emprestem um significado maior. Foi, digamos, um “horário expandido” de candidata a deputada.

Entrou com 2% e, assim, não precisou de muito para continuar por aí.

 

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