O Brasil virou surreal.
Dez dias depois de pedir a soltura de Roberto Jefferson, alegando que ele estava dentro dos limites da “liberdade de expressão”, a Procuradoria Geral da República requer o seu indiciamento por incitação ao crime, por seus vídeos armado.
Mas o ex-deputado dos instintos primitivos, certo que de que nada lhe acontecerá, diz à polícia, nos seus depoimentos, que o telefone celular de onde disparava petardos assim nas redes sociais está no fundo do Rio Paraibuna, porque pediu “a um transeunte” que lá o atirasse, na iminência da prisão.
Ninguém que estivesse passando pela rua, é claro, obedeceria ao pedido de Jefferson que fizesse aquilo e este telefone teria sido recolhido com meia hora de investigação no local.
É evidente que a Polícia Federal, salvo honrosas exceções, está aparelhada pelo bolsonarismo, ao ponto de Alexandre de Morares partir para medidas extremas como s substituição de delegados federais em inquéritos sob sua responsabilidade.
Aconteceu com ela o mesmo que com o Ministério Público: a corrupção do lavajatismo destruiu sua autonomia e a transformou num pântano ideológico da direita ma abjeta.
Jefferson não teve “japonês” nem cenas humilhantes como as impostas Lula e aos presos de Moro. Ninguém deveria tê-las, mas estes tiveram, sob aplausos da mídia nacional.
Mas está evidente que se está protegendo um esquema miliciano porque Jefferson não está fazendo molecagens sozinho.
Celular lançado no Paraibuna por um “transeunte” nem a velhinha de Taubaté engole.