Tucanos não se moderaram. Marquetaram-se

espelho

O texto de Daniela Lima, na Folha de hoje, é mais uma confirmação de que nada, no PSDB, é sincero, mas pura ferramenta de promoção.

“A guinada promovida pela cúpula do PSDB em seu discurso diante da crise econômica nesta semana é reflexo de pesquisas internas e projeções do mercado financeiro, que apontaram um desgaste acentuado na imagem do partido e a insatisfação de eleitores fieis com a forma como combateu o governo Dilma Rousseff nos últimos meses.”

Faltou dizer que esta histeria – que a mídia partilhou e insuflou – cobra um preço.

O ajuste, mesmo na sua porção conservadora, não aconteceu senão no corte das despesas públicas e na elevação dos juros, aumentando a paralisia da economia e aprofundando a crise. A contestação à legitimidade da eleita, que começou no mesmo dia da eleição, e foi levando,sucessivamente, todo o tucanato descaradamente ao golpismo.

Não adiante a história hipócrita de que os “o grupo mais moderado do partido, até então minoritário, comemorou a mudança de tom. Nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra (SP), defendiam publicamente há meses uma postura mais equilibrada do partido”.

Balela. Até outro dia, Fernando Henrique estava pregando a renúncia de Dilma e o repetiu não faz um mês.

E Serra, logo de cara, serviu-se da crise política para fazer aquilo que realmente quer: entregar o pré-sal brasileiro.

O que fez os tucanos sentirem “um desgaste acentuado na imagem do partido” foi a promiscuidade com Eduardo Cunha a  que se entregaram, no vale-tudo do derruba-Dilma.

Se a obra da mídia e do tucanato, na economia, é um desastre, na política é pior.

O sentimento primário de que “ninguém presta” e “todos são iguais” que construíram  – porque na troca de chumbo de acusações de corrupção, embora blindados pela mídia, também acabam, por merecimento, alvejados – nos ameaçou levar à negação da política e, aos tolos, a glorificar Polícia e Justiça (logo quem!) como “salvadores da pátria moral”, além de fermentar o delírio de alguns grupos que pensam poder fazer das nossas Forças Armadas massa de manobra dos seus interesses golpistas.

Com guinada ou sem guinada, uma coisa é clara. O discurso fascista que se espalhou no Brasil é filho dos tucanos.

Eles podem até negar sua paternidade, fugir de criar seus rebentos “katigúricos”.

Mas está lá o seu DNA , na fecundação dos ovos de serpente que eclodem por toda a parte.

 

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15 respostas

  1. PSDB segue o esquema da velha política. São um grupo de espertalhões que ali se reuniram para por em prática uma política visando as suas ambições pessoais. Não há programa, projeto e nem militância. Autentico são as mentiras , o golpe e sua eterna aliança com a mídia com o objetivo de vender o Brasil.

  2. Atribuir a estes CABEÇAS DE BAGRE, QUALQUER SEMELHANÇA COM O FASCISMO, me parece ingenuidade.Eles não tem capacidade alguma,para representar o que foi o fascismo histórico.Se assemelham mais,aos ” PATETAS BRANCALHONES “.O Fascismo,uma organização POLÍTICO CRIMINOSA,tinha mais talentos.

  3. Num tem nada de marquetearam. O que tem é um elemento central da conjuntura: o efeito tango. Se a direita pode ganhar lá na Argentina, no voto, porque num pode aqui. Se o Macri não ganhar volta o clima de golpe. Prestem bem atenção.

  4. Eles vivem na sua própria realidade virtual e não sabem o que a opinião pública verdadeira (não a opinião publicada pela mídia-bandida) pensa a respeito de seu golpismo e de seu oportunismo, distantes que sempre foram do povo em geral. Em resumo: acham que o povo é bobo.

    1. O que assusta é a cobertura que a tucanalha dá a fascistas enrustidos que posam de democratas. Tem gente que brigaria para ser o primeiro a se ajoelhar diante de Hitler caso ele reencarnasse.

  5. O fascista covarde e defensor do golpismo, devia se manifestar sem arrodeios, defendendo mesmo o partido presidido pelo cocaineiro.

  6. Quando o PT assumiu o poder com Lula, perdemos a melhor oposição que este país já teve. Durante 12 anos, o PSDB ficou sem conseguir articular um discurso de oposição, até acha-lo nas eleições do ano passado.

    Em doze meses, contudo, o partido se meteu na aventura do impeachment e ainda votou contra medidas fiscalmente responsáveis. Não conseguiu o impeachment e ainda queimou o filme com uma parcela mais moderada da população, que esperava mais sinceridade em suas palavras e atos.

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