O cabo e o soldado que, nas palavras do filho presidencial, bastariam para fechar o Supremo Tribunal Federal dependem, é claro, de quem lhes dê a ordem para isso.
Jair Bolsonaro deseja dá-la desde antes de sua eleição, quando sugeriu ampliar a corte para 21 juízes e, claro, nomear-lhe os dez a mais, ou 12, contando as aposentadorias de Celso de Mello e de Marco Aurélio.
Finalmente, o STF parece ter se dado conta de que o desejo do ex-capitão é uma ameaça real.
Engana-se quem acha que a briga de Jair Bolsonaro é com Sérgio Moro.
Esta Bolsonaro já venceu, porque está evidente que as falanges moristas já migraram, em massa, para o seu séquito de adoradores. E, neste caso, diga-se com razões, porque Moro subiu na garupa do presidente achando que domaria o cavalo e se esborrachou.
Está agora no figurino de “candinha”, prestando-se ao papel de “autoaraponga” das próprias conversas com o presidente por Whatsapp, copiadas pela Polícia Federal.
Dado o nível do governo, é possível que haja mesmo alguma coisa mais dura e grosseira, mas seria, em condições normais, que se mandasse alguma coisa mais “cabeluda” por mensagem de áudio.
A importância de Moro, agora, não é mais central, mas subsidiária no enfrentamento, este para valer, entre Jair Bolsonaro e o Supremo.
A tendência é que, agora, sejam chamados os supostos interlocutores do presidente aos quais ele mandou pressionarem Moro: o general Heleno e Paulo Guedes, principalmente, podem ser ver na saia-justa de serem chamados a interrogatório.
Ou que Jair Bolsonaro, na outra ponta da linha, também tenha os seus petardos e, na hora certa, não se acanhará de expô-los.
O que é certo é que as milícias zumbis, como se viu ontem, mostrarão suas unhas e presas ao Supremo. Ao mesmo tempo em que o governo abrir-se-á para todos os tipos de ratos que blindem Bolsonaro no Legislativo.
A República de Curitiba e a substituição da política pela polícia vão de vento em popa neste Brasil degradado.
Quem foi leniente com Moro arrisca-se, agora, a ser devorado por Bolsonaro.
7 respostas
Nem mil palavras podem expressar os detalhes que o desenho de Aroeira revela. Obrigado Fernando. Obrigado Aroeira.
Todos dois apenas são peças descartáveis no tabuleiro da guerra entre as nações, o Brasil é presa fácil aos interesses internacionais liderados pelos States, contam com a alienação de nossos generais, vítimas não inocentes de uma lavagem cerebral vinda desde de 64, portanto essa briga entre dois lacaios não muda nada. Não é o que estamos assistindo? Alguém espera que algo decente saia daí?
substitua “Ordem e Progresso” por “E daí,bunda mole?” e ficamos resolvidos.
este é o país que o império quer e conseguiu até aqui.
que faremos??????
Não se pode ignorar que estas “instituições” supostamente “de mal” umas com as outras estão, sem exceção, subordinadas ao império. Principalmente a que detém a força física, a dos militares delinquentes e lesa-pátria, que já têm até um porta-mensagem – para levar e trazer pedidos e ordens – no comando sul do tazuni, um general capacho, a quem deram um cargo de sub do sub do sub do almirante Craig Faller.
Se chegar uma ordem unida de lá, todos os cachorros lacaios – militares, juízes, políticos, mídia etc – entrarão rapidinho em acordo na colônia, como aconteceu no golpe de 2016. No caso, com o Brasil a caminho da destruição, os militares bandidos e sua marionete genocida têm a carta na manga de uma guerra dos países-capangas – Brasil, Colômbia etc – contra a Venezuela, a qual já está nas preliminares, escalando hoje de madrugada com uma tentativa de assalto pelo mar naquele país.
Se os militares bandidos e o genocida conseguem entregar o tesouro venezuelano – petróleo e minerais – ao Tazuni, terão renovado o mandato para continuar governando a colônia, entregar seu território e escravizar o seu povo. Dezenas de milhares de negros, índios, cafuzos, mulatos, mamelucos ganharão “emprego” como bucha de canhão para morrer, como na guerra do Paraguai, mas, como excreta o genocida, “e daí?”.
Por enquanto, vamos jogar dentro das regras do jogo democrático que ainda está a valer. A próxima batalha será para derrotar o fascismo, o que significa derrotar o Bolsonaro, tirá-lo da presidência. Para tanto, não são poucas as forças políticas e midiáticas que para isso estão a lutar. Depois, veremos. Se esperarmos para mudar totalmente o regime, não mudaremos nada. Se esperarmos para anular a chapa e tirarmos o Mourão junto com o Bolsonaro, é melhor esperarmos em uma cadeira de praia tomando água de coco.
Bolsonaro está a jogar tudo o que tem. E o que tem é pouca coisa, embora seja pouca coisa muito barulhenta e de dentes arreganhados.
250 pessoas – nada mais do que isso – tresloucadas vão ao Planalto, a ponto de arriscarem a vida com o coronavirus para mostrar sua cega devoção a um homem que nunca fez nada, absolutamente nada por elas nem pelo país delas. A não ser que estejam defendendo posições pessoais vantajosas que perderiam com um debacle de Bolsonaro.
Houve mesmo quem, não sendo bolsonariano, afirmasse que Bolsonaro no domingo havia provado que tem apoio popular. Isto é um absurdo.Mesmo entre os 25% de apoio que ainda tem nas pesquisas, a grande parte não está disposta a tanto fanatismo, ou tanta disposição para defender vantagens que conseguiu neste desgoverno.
Essa doença tem de acabar. As famílias dessas pessoas têm que providenciar tratamento para que elas voltem a ser seres humanos. Quem viu o louquinho de São Paulo a gritar com um megafone “Canalha”, “ladrão”, “comunista” em frente ao prédio do Ministro Moraes, pode ter uma ideia do quanto é doentio este fanatismo parapolítico que instalaram no país quando deram corda neste boneco Bolsonaro e o mandaram “governar”.
Depois, o louquinho estava bem assustado enquanto entrava preso na viatura policial. É preciso acabar com isso já, porque as pessoas querem ter um país minimamente civilizado novamente, embora muito injusto e muito errado.
Se Bozo não tiver petardos de zapzap contra o ex-juiz parcial de Curitiba, isso não é problema, basta inventar alguns que sua massa ignara os aceitará tranquilamente.