União ‘Oxford-Sputnik’ abre porta para nos tirar de problemas

A farmacêutica anglo-sueca Astrazêneca, que produz a chamada “vacina de Oxford” anunciou esta manhã que aceitou a proposta de cientistas do Instituto Gamaleya de Moscou, responsáveis pelo desenvolvimento da vacina Sputnik V , para realizar testes combinando a aplicação dos dois imunizantes, o que, segundo os russos, tem potencial para elevar expressivamente os níveis de imunização obtidos por cada uma, isoladamente.

Os estudos preliminares apontam 70,4% de eficácia da “Oxford” e de 91,4% para a Sputnik e a Astrazêneca concluiu que a sugestão de associação com a vacina russa, feita pelo Gamaleya no mês passado, pode ser realizada com segurança e chances de sucesso, com a aplicação de doses alternadas.

Ganha um dia um dia na companha da “velhinha de Taubaté” quem achar que os russos ainda não testaram a combinação das duas vacinas e fazem uma sugestão meramente teórica.

A possibilidade de associação com os russos não poderia chegar em melhor hora apara a “vacina de Oxford”, que está sendo duramente questionada pela comunidade científica e enfrenta problemas com o regulador norte-americano, o FDA, que não considera aprová-la de imediato.

Pesam contra ela as deformações da amostra dos voluntários de seus ensaios clínicos e a confusão de dosagem que inexplicavelmente ocorreu durante os testes.

O assunto nos interessa diretamente, uma vez que o suprimento de vacinas que temos realmente assegurado – além da Coronavac de origem chinesa – é o de Oxford, que tem compromisso de 100 milhões de doses para o Brasil e um acordo para a fabricação no Bio-Manguinhos, da Fiocruz.

Não deixa de ser irônico que Jair Bolsonaro, depois da insânia de tentar bloquear a vacina chinesa por “razões ideológicas” (estupidez é palavra que cairia melhor) vá depender dos russos para resolver os problemas da vacina inglesa.

 

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