Variante do vírus pode explicar salto de contágio no Reino Unido

O gráfico aí em cima sugere que a nova cepa do Sars Cov-2, descoberta na Inglaterra, tem, de fato, uma transmissibilidade muito maior que as anteriores e pode ser a responsável pelo salto visível no número de pessoas contaminadas, muito maior que em qualquer tempo da pandemia.

Mesmo com o bloqueio dos voos internacionais, a partir de amanhã, há fortes indícios de que ela pode ter se espalhado da mesma forma que a primeira onda do vírus, para a Europa e, de lá, para o mundo todo.

As primeiras avaliações são de que ela se transmite com entre 40 e 70% mais facilidade que as demais variantes do novo coronavírus. E nada se sabe, por conta do tempo do desenvolvimento da doenças, sobre ser ou não mais letal.

Não se sabe quase nada também do que esta nova cepa pode interferir na eficácia das vacinas que foram desenvolvidas com base nas características do vírus “original”, mas é provável que não seja significativo.

Mas a diferença na transmissibilidade altera para um percentual maior a necessidade de cobertura vacinal para alcançar a imunidade coletiva, e isso e importante num quadro de carência de vacinas.

Cepas mais transmissíveis tendem a se tornarem dominantes em relação a outras, pelo motivo óbvio de se replicarem com maior velocidade.

É a pior notícia que poderíamos ter neste início de imunização mundial, na qual nós já estamos , os brasileiros, para trás.

Se tivéssemos uma vigilância sanitária decente, estaríamos, ao menos, testando todos os passageiros que chegarão, na manhã desta segunda-feira, de Londres. Pelo menos, já que os seus vizinhos europeus simplesmente proibiram os desembarques.

Mas não o faremos, como não o fizemos antes.

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