As duas primeiras votações da PEC da Transição na Câmara – para a retirada de pauta e, a seguir, do adiamento da discussão – somaram 315 e 321 votos contrários ao que seria, na pratica, a rejeição do texto, que precisa de 308 votos.
A folga é muito pequena e não dá segurança do resultado.
Os mais de 150 votos que os adversários da PEC, mesmo reduzida para um ano (o que era o argumento central), são muito mais do que os esperados e mostram que só em parte o acordo feito com Arthur Lira, que nem mesmo os votos do seu próprio partido, o PP, está levando para o combinado.
Como se disse aqui no post anterior, é sinal de um enfraquecimento de seu comando sobre a Casa.
Já não está em jogo apenas a PEC, mas se abre uma provável disputa pela Presidência da Câmara, com o surgimento de uma candidatura de extrema-direita, que tente empurrar Lira para uma oposição frontal ao novo governo.
Está começando a votação de mérito da PEC. E o aperto vai aumentar.