A Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad) do IBGE começa a traçar um retrato menos amenizado do desemprego no Brasil.
O Brasil perdeu, desde o início da pandemia, nada menos que 12 milhões de postos de trabalho, ou 13% dos que 94 milhões que existiam até fevereiro.
Repare, não são 13 milhões de pessoas que perderam suas ocupações, formais ou informais, mas 13 milhões de pessoas a mais.
Comparado há um ano atrás, nada menos que um crescimento de 21,8% no número de pessoas fora da força de trabalho, quase dez vezes mais que o aumento registrado no pior momento da crise de 2016.
O número de pessoas que haviam desistido de procurar trabalho saltou para cerca de 6 milhões, um aumento de quase 20% em relação ao mesmo período de 2019.
A taxa de desocupação aberta – que não leva em conta os que não estão em busca ativa por emprego – que atingiu o recorde de toda a série de levantamentos do IBGE, com 13,8% – mais de 13 milhões de pessoas – aponta um contingente que, somado aos que estão vivendo de “bicos” eventuais, chega a somar 30% de toda a força de trabalho do país.
É essa massa imensa de brasileiros que, já parcialmente a partir de agora e completamente de janeiro em diante que fica sem qualquer suporte público à sua sobrevivência.
Traduzinho, sem o auxílio cuja continuidade, segundo o presidente, é coisa de demagogos e comunistas.