Problema não são os autoritários da Paulista. São os órgãos de Estado contra a democracia.

64

Todo mundo precisa, de vez em quando, “desintoxicar”.

Foi o que fiz neste domingo, em lugar de ficar repetindo a observação do que já está mais que visto: a direita brasileira desavergonhou-se e assumiu uma forte expressão de rua que, desde que vieram os “antipolíticos” e “antipartido” de junho de 2013, alimenta os interesses conservadores.

Ela existe, sempre existiu e  continuará existindo. A diferença está no seu estado de excitação e mobilização e não é na crise econômica que ela encontra suas raízes, embora seja dela que extraia sua recente desinibição, certo que em escala menor do que a do “todo mundo está roubando” que é a tônica do hipócrita coral formado por instituições que se tornaram desgovernadas e entregues à politicagem.

A mídia, o Judiciário, o Ministério Público, a Câmara dos Deputados, o candidato derrotado nas urnas, todos se uniram para algo que, francamente, em tudo lembra um tribunal de exceção, onde o importante, não importa se com ou sem razões, o que importa é instaurar um processo de eliminação, a qualquer preço, de qualquer pretensão de que o país seja conduzido, como determinou o eleitor, por uma aliança de centro-esquerda, de tonas nacionalistas, populares e desenvolvimentistas.

Chegamos a absurdos como o produzido este final de semana, onde um relatório da Polícia Federal esmera-se em transcrever um telefonema de um acusado da Lava Jato onde o ex-presidente Lula não diz, rigorosamente, coisa alguma que interesse à investigação e ao monstruoso vazamento sobre a movimentação bancária do Instituto Lula, uma ousadia de ilegalidade que, houvesse algum tipo de respeito à legalidade, estaria provocando uma devassa para apurar a responsabilidade de divulgar dados bancários.

É muito mais grave para a democracia que isso esteja acontecendo que as manifestações da Avenida Paulista, que viraram “arroz de festa” da classe média.

A manifestação de domingo passou. Não é um elemento sólido do jogo democrático, porque dissolve-se pela falta de adesão crescente de massas – nitidamente, estão marcando passo desde que começaram – e pela falta de lideranças políticas  capazes de representá-las: favor não dizer que “somos todos Cunha” como registrava tragicomicamente uma das faixas dos manifestantes possa significar algo, como não significam os mentecaptos dos grupos “organizadores”.

O golpismo que não passou é o que está incrustrado nas ações insanas que transformam – e nisso contaram com o beneplácito da inação do Governo e de seu Ministério da Justiça – as instituições em foco de agitação e não de sereno cumprimento das regras democráticas.

O golpe de Estado não raro é gestado dentro do próprio Estado.

Antes, há décadas, nos corpos militares e seus comandos, que recolheram amargos frutos diante da opinião pública por se prestarem de braço armado de processos de dominação nacional.

Agora, em instituições judiciais e parajudiciais, que se portam como uma casta de iluminados, que tudo podem, tudo julga e a todos acusam.

Bons ternos, de fino corte, em lugar dos dólmãs, mas idênticas razões absolutas para negar, como antes, o fundamento da democracia: o voto.

Como observou com lucidez Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, o tal “republicanismo”tão brandido para justificar a inação levou-nos a um “aceita-se tudo em nome de sabe-se lá o quê”, onde o acovardamento da parcela não transtornada daquelas instituições vai entregando-as à loucura autofágica, aquela que em “nome da lei” destrói todas as garantias da lei: o contraditório, o devido processo legal, a presunção de inocência e o não desvirtuamento dos mecanismos de coação estatais.

As senhoras da foto, com o revelador cartas perguntando “por que não mataram todos em 64?”, não são uma ameaça, são umas pobres-coitadas, que cruzaram a existência sem aprender a respeitar os seres humanos.

Terríveis, mesmo,  são os que querem matar a democracia com os instrumentos do Estado, não com uma passeata.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

32 respostas

  1. RÉQUIEM PELA VIDA NO BRASIL DOS NOSSOS TENEBROSOS DIAS!

    … Depois de tudo – e um pouco mais – que o infame PIGolpista e o (mega)corrupto PSDB nazifascista fizeram em termos de atrocidades perpetradas contra o [eterno] presidente Lula, à presidente Dilma Rousseff e ao honesto povo trabalhador brasileiro…
    Não há alternativa:
    as vítimas mencionadas acima têm que tratar, necessariamente, a *direitona nativa bandida como inimigos!
    E a escolha não foi nossa!
    Contrariamente!
    E, reitero: não há alternativa!…
    *incluam-se o STF, o restante do Poder Judiciário, o ‘miniSTÉRIO’ Público, a PTF (Polícia Tucana Federal), o TCÚÚÚÚÚÚúúú da quadrilha da UTC e as pedaladas do “menino prodígio” Tiaguinho Cedraz et caterva…

  2. Que furo,heim Brito! Formidável. Trata-Se de flagrante excepcional do que está presente na memória (ou será na mente) dessas imbeciloides. Parabéns.

  3. O mais chocante é ver essa senhora na foto, uma aparente dona de casa, com um cartaz que diz:” Por que não mataram todos em 64″, depois a direita fica chocada quando o dirigente da CUT diz “que se preciso for usaremos armas para defender o governo Dilma”.

      1. Luis Castro e Graça, desculpe me intrometer, mas o que essas duas da foto querem mesmo, é uma “dita” dura.

  4. As manifestações de hoje foram patrocinadas, com o requinte de carros de sons, trio eletrico e outros que tais. Foi também manifestações político-partidária. É uma espécie de operação “mata PT”. O que se pergunta é quem são os patrocinadores que entram com grana grossa???

    Em tempo, as manifestações do Rio são uma piada. A praia no domingo é sempre cheia e muito movimento no calçadão. Os coxinhas do Rio conta todos os transeuntes como manifestante.

  5. E pelo visto o ministro da justiça Zé Devagar Cardozo torce contra a Democracia, pois o indivíduo não consegue determinar que a PF cumpra com as suas obrigações de forma legal e não de forma ilegal, no chamado republicanismo doente assumido pelo Governo Dilma e PT.

  6. Aécio está em campanha para 2018, quando nao será candidato pelo psdb. Este, terá Alckmin candidato à presidência, preservando a hegemonia dos paulistas e a condiçao de hospedeiro dos coxinhas mais reacionários do país.
    Aécio jamais trabalhou, jamais produziu, assim como gabou-se de jamais ter arrumado sua cama. Viveu e vive como parasita do Estado. Uma espécie de escolhido, ungido pelos deuses. É como se fosse da família real.
    Ele sabe que terá muitas dificuldades para manter seu mandato de senador por Minas.
    Está entre alucinado, por razões conhecidas, e transtornado, por pressentir o ostracismo e o risco que este traz de apurarem-se alguns dos mais escabrosos períodos de desavergonhado uso do Estado em favor do mandatário e sua corte.

  7. Ótimo texto, Brito. Pena que vai se passar mais uma semana e a Dilma não vai fazer nada, isso tá custando caro, muito caro para o seu governo, para o PT, para o Lula, para os pobres e principalmente para o futuro do Brasil, que pelo jeito voltará em breve para mão daqueles que roubam e só governo para o 1%. Antes a Dilma tivesse perdido a reeleição, porque seria, com certeza, uma derrota momentânea e faria o povo enxergar quem de fato é o bicho papão, porque a Dilma insisti em não mostrar, e com isso, muitos vão achando que é ela e o Lula esse grande monstro.

  8. Curitiba é a origem dessa versão brasileira de “Mississipi em chamas”, ou é o STF com seu ‘mentirão’ ao vivo e a cores? Ou a nossa velha conhecida golpista, aquela que morde e assopra e posa de maior empresa de comunicação brasileira? O veneno que hoje vemos destilado deverá ser o mesmo que a levará à falência e aos outros todos também.O pior é que nem vejo nenhum horizonte no mundo que esteja melhor. Já estou ficando pessimista de novo. Essas coisas que vemos na foto já estão ficando banais e é isso que me apavora. Quando se naturaliza excrecências como essas.

  9. Estava observando a idade média dos manifestantes. Excetuando alguns mais velhos e bem postos na vida, a maior parte é formada de jovens que cresceram e se formaram no período Lula/Dilma, portanto 12 a 13 anos. Rapazes e moças na idade entre 21 a 32 anos. Em todo esse período o governo não se comunicou, ficou manietado com o mensalão/petrolão e refém de uma imprensa vil. Educação e reformas que pudessem mudar o quadro, mesmo com ampla base, não sucedeu. Uma classe média/baixa e média/média, deseducada política e socialmente, assistiu em doses cavalares nos últimos 10 anos “escândalos” e versões de como o PT faz mal ao país, manipulados, é claro, pela imprensa que o governo financia. Agora, o que fazer?

  10. O absurdo de expor crianças ao ódio fundamentalista nos protestos.

    Por conspícuo e impávido jornalista Kiko Nogueira

    Postado em 16 ago 2015

    (…)

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-absurdo-de-expor-criancas-ao-clima-de-odio-dos-protestos-por-kiko-nogueira/

    LÁ VEM O MATUTO!

    … Daí ficar muito fácil entender a [má] índole e o comportamento abominável dos fedelhos – e de outros já vetustos – incrustados nos estamentos da máquina pública, “procuradores que só procuram petistas”, agentes da Polícia Federal que treinam tiro ao alvo mirando a imagem da presidente da República, “supremos” de merda cheirosa no STF desmoralizado, ‘miniSTROS’ pedaleiros do TCÚÚÚÚÚÚ, ‘miniSTROS’ partidários no TSE…
    Em outros estamentos sociais,
    jornalistas [reles] amigos(as) dos patrões barões à título de $oldo IMUNDO – e que desonra o verdadeiro jornalismo, entre outros…

  11. … Daí ficar muito fácil entender a [má] índole e o comportamento abominável dos fedelhos – e de outros já vetustos – incrustados nos estamentos da máquina pública, “procuradores que só procuram petistas”, agentes da Polícia Federal que treinam tiro ao alvo mirando a imagem da presidente da República, “supremos” de merda cheirosa no STF desmoralizado, ‘miniSTROS’ pedaleiros do TCÚÚÚÚÚÚ, ‘miniSTROS’ partidários no TSE…
    Em outros estamentos sociais,
    jornalistas [reles] amigos(as) dos patrões barões à título de $oldo IMUNDO – e que desonra o verdadeiro e hígido jornalismo, entre outros…

  12. Revista Fórum: As primeiras cenas, ainda de manhã, provocam desânimo entre âncoras e repórteres da Globo. No intervalo do programa esportivo, perto de 10 horas da manhã, entra o link de Brasilia: “são 500 pessoas na Esplanada dos Ministérios…”, diz o repórter. A imagem mostra um imenso vazio. Claro que logo começa um incrível atropelo de números: 2 mil, 5 mil, logo 25 mil pessoas. E segue a imagem do vazio.

    De repente, na transmissão de Brasília, o áudio da Globo falha, a câmera treme, e do estúdio o apresentador tenta salvar a situação: chama agora imagens de Belém (PA), e ali parece haver mais gente. A Globo trabalha com takes fechados durante toda a manhã. Repete-se a tática de março: manifestações, mesmo esvaziadas, Brasil afora servem como “esquenta” para o ato em São Paulo na parte da tarde.

    Em Salvador, o take mais aberto derruba a estratégia da Globo: pouca gente na rua
    Em Salvador, o take mais aberto derruba a estratégia da Globo: pouca gente na rua

    Mas nem os takes fechados são capazes de disfarçar que em Belo Horizonte, Maceió, Salvador e no Recife os protestos são pífios. No Rio, há mais gente na praia do que no asfalto de Copacabana – onde se repete o discurso de ódio e os apelos por intervenção militar.

    Logo fica claro que a decisão da Globo de poupar Dilma e o governo, para evitar o desarranjo da economia, não significa recuo nos ataques a Lula e ao PT.

    No Recife, o cinegrafista da Globo passeia pela manifestação, e encontra cartazes pedindo a prisão de Lula. O enquadramento muda rápido para um plano mais geral (o profissional deve ter achado que aquilo estava demais). Mas a câmera logo volta aos cartazes, agora em take bem fechado: Lula atrás das grades.

    A impressão foi de que alguém deu a instrução, pelo “ponto”: foca no barbudo.

    Logo depois, Alex Escobar (narrador esportivo medíocre) tenta “narrar” a manifestação de Belém. Ele lê para o telespectador uma faixa agressiva contra Lula e Dilma. E conclui: “um claro protesto contra a corrupção.”

    Não, caro Alex: o protesto não é contra a corrupção. Mas contra o PT. Se fosse contra a corrupção, Aécio não teria se sentido tão à vontade para desfilar no também esvaziado ato de BH. E Cunha não teria sido poupado. Aliás, uma faixa aberta em BH chegava a afirmar (em lapso freudiano): “somos milhões de Cunhas”. Aí, tudo ficou mais claro.

    Cunha poupado. E todo ódio centrado em outro personagem: Lula, Lula, Lula. Esse era o nome. Era isso que importava.

    Se esse dia de manifestações mais fracas por todo o país teve um toque diferente foi o fato de Lula ter sido transformado em alvo central. Tanto nas ruas quanto nos comentários de quem estava no estúdio.

    Outro exemplo: a equipe da Globo mostra manifestação de apoio ao ex-presidente, em frente ao Instituto Lula em São Paulo. Manifestantes gritam: “mexeu com Lula, mexeu comigo”. Cristiana Lobo, no estúdio, comenta: “é… mas a sociedade vai querer mexer sim com o Lula.”

    Hum… Qual sociedade, Cristiana? Ela procura falar em nome da sociedade. Mas fala mesmo em nome dos patrões.

    Nada, na Globo, se faz sem a decisão tomada nas reuniões do “comitê” (que reúne João Roberto Marinho e os dirigentes dos principais veículos da família: jornais, TV, rádio, internet). Cristiana Lobo se traiu no ar: a decisão é levar Lula para o canto do ringue. E depois, se possível, para a cadeia. Com ou sem provas. A decisão já está tomada. Isso está claro.

    Este blogueiro passou no fim da tarde pela manifestação petista em frente ao Instituto Lula, e ouviu exatamente essa análise de duas pessoas próximas ao ex-presidente: “a Globo não vai aliviar para o Lula, vai partir pra cima. Temos informações claras sobre isso.”

    – Guerra de Imagens–

    Um boneco de Lula, com roupa de presidiário e marcado com o número 13, foi o principal “fato” do dia na guerra de imagens. A figura apareceu no esvaziado protesto de Brasília. E deve povoar as capas de jornais nesta segunda-feira.

    O Lula “presidiário” cumpre a clara tarefa de dar fôlego à narrativa de que a prisão do ex-presidente é algo desejável e “natural”.

    As manifestações do dia 16 tiveram mais uma vez cartazes absurdos, com pedido de golpe e intervenção militar. Em quase todo o país, o número de participantes foi muito inferior ao que se viu em março. Em São Paulo, também, menos gente foi às ruas; mas a queda não foi tão grande. E de toda forma mais de 100 mil pessoas estiveram na Paulista – segundo o “DataFolha”.

    Este blogueiro passou por lá, conversou com muita gente, e pode dizer que a maioria absoluta era formada por anti-petistas raivosos. Gente que sempre detestou Lula e o PT, e agora se sente mais à vontade pra manifestar esse ódio. O povão que votou em Dilma, e está ressabiado com o governo, este não foi pra rua – de novo.

    – Aécio derrotado –

    Mãos ao alto: Aécio saudado em BH, pelos manifestantes do protesto “apartidário”
    Mãos ao alto: Aécio saudado em BH, pelos manifestantes do protesto “apartidário”

    As manifestações terminam também com um claro derrotado: Aécio Neves. Ele precisava de um “estouro da boiada” nas ruas, para pressionar Globo e grandes empresários a centrar fogo em Dilma, e “bombar” de novo o impeachment. Com menos gente na rua do que em março, o delírio golpista de Aécio fica inviabilizado.

    Parece ganhar força no PSDB a ala mais moderada, que aposta em manter Dilma cambaleando no governo, ao mesmo tempo em que se sangra a figura pública de Lula – ara evitar sustos em 2018.

    Ninguém deve se enganar: o tom da cobertura na Globo mostra que Lula agora é o alvo central.

    As condições para uma eventual prisão do ex-presidente não estão dadas. Juridicamente, não há nada concreto contra ele. Mas o jogo começou.

    – A narrativa midiática –

    A essa altura, o que se procura é construir uma narrativa midiática que permita – ainda que com indícios absolutamente frágeis – submeter Lula a um constrangimento absoluto, sob a condução do juiz Sergio Moro na Lava-Jato.

    Ninguém deve ter dúvidas: Moro vai tentar. Ninguém deve ter dúvidas: a operação já começou. E ninguém deve ter dúvidas: a operação de caça a Lula conta com apoio decidido dos principais meios de comunicação do país, especialmente a Globo.

    Dilma ganhou tempo pra respirar (sobre isso, clique aqui para ler o texto de Renato Rovai). E Lula ganhou a certeza de que é o alvo da operação jurídico-midiática que tenta, já em 2015, antecipar o resultado e liquidar a fatura da eleição de 2018.

  13. O problema primeiro não é o governo não reagir e sim despachar aquela dupla incompetente e medrosa, Mercadante e Zé Cardozo, que enquanto estiverem lá, ao lado da presidente, impedem que pense-se na reação, quanto mais reagir. Não conseguem sequer organizar uma SEPLAN que estabeleça o contraditório político como meta e não permaneça com aquele bando de cavalos de Tróia que lá estão tendo por missão única remunerar o monopólio que conjura dia e noite o golpe paraguaio contra o governo.

  14. Muitas senhoras que gritam contra a corrupção são pensionistas de falecidos militares. Até aí nada demais. Ocorre que muitas, mas muitas mesmo não são viúvas, são filhas, netas e bisnetas que casaram apenas “na igreja” para manterem oficialmente o status de solteiras. Isto porque descentes solteiras de militares continuam recebendo pensão enquanto vivas forem.
    Não acham que isto é uma forma de corrupção. Acham que o bolsa família é que mantém parasita. Querem a volta da direita com medo de perderem a boquinha. Enquanto isso a população brasileira banca pensão para pobres descentes de militares que lutaram a guerra do Paraguái.

  15. Essas duas senhoras estão participando dessa manifestação, porque brasileiros foram torturados e mortos, pelo um Brasil democrático. Elas são dignas de pena.

  16. Datafolha: Apenas 6,2% dos participantes do protesto tinham renda de até 2 salários mínimos (R$ 1.576), 3% se declararam negros .

  17. “Porque não mataram todos em 64?”
    É por isso que defendo que organizemos nossa passeata nos mesmos horários e locais para realmente termos confronto.
    Quero ver estas senhoras na hora que encontrarem o povo pela frente.
    “O povo na rua / coxinha recua.”

    Vão ter que pagar os Black blocks para protestar por eles.

    1. Isso prova que estamos atrás do Uruguai, Argentina e Chile em matéria de consciência política.

  18. A grande dama vermelha
    seg, 17/08/2015 – 03:40

    Do Facebook, postado por Luciano Marra

    A foto de Luciano Marra. Foto de Luciano Marra. Luciano Marra em Avenida Paulista

    “Putinha do Lula, putinha do Lula”. Mais respeito, minha filha, mais respeito. “Vagabunda, vagabunda!!!” Não, minha filha, você não me conhece… “Velha doida, …velha doida!”. Não, vocês são irracionais, precisam conhecer nossa história. “Deve ser filha de ladrão!!” Não, rapaz, vivi a época da ditadura, vou morrer lutando contra ela. Você não sabe o que está dizendo… vocês são formados pela televisão. Sem encostar, não tenho medo de nada, já enfrentei coisa pior, você não sabe de nada, é preguiçoso!! Encosta que eu devolvo!!! “Filha da puta!!” Me respeite, eu vivi a história, você é um desinformado.
    E foi assim que conheci uma heroína a ponto de entender com quantos filamentos se faz a fibra de uma grande mulher. Por falta de melhor nome, anotei na caderneta de fotos: agosto de 2015, Avenida Paulista, A GRANDE DAMA VERMELHA, a quem devo uma lição de extrema coragem, paciência e lucidez.

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207927437569799&set=a.13866160

  19. Caro Fernando…

    ja está claro que o adversário de nossas elites protofascistas, inclusive, do estamento/patronato estatal (PF, MF, Judiciário, etc.) é LULA! Eles já perceberam que serão derrotados de novo e, por isso, estão dispostos a tudo!

  20. “Porque não matarsm todos em 64”? Ora, tolos, pensam que não tentaram? Mas não foi possivel, apesar dos Pinochets, dos Vidella…. dos generais e torturadores do DOPS. A vida anseia por si mesma, como escreveu Kalil Gibran. Gente ou demônios fantasiados de gente como estas da foto, se fossem alemãs e tivessem chance perguntariam por que Hitler não exterminou todos os judeus? Ora, simplesmente porque o fim de todos os intolerantes, daqueles que querem destruir o semelhante porque pensa diferentemente dele é o mesmo de Hitler, de Mussolini, de Idi Amin, de Stalin, de Saddam, de Napoleão, e de todos os tiranos e assassinos, ao longo de toda a História.
    Ao fim do governo FHC, com o país quebrado e o maior desemprego que se viveu (ah, como era justo que se batesse nas panelas, mas a mídia narcotizava as mentes), a convulsão social e a guerra civil eram iminentes. Houvesse a tal guerra, com os militares ja apeados do poder e abandonados pelos que deles se aproveitaram, devido ao esgotamento do modelo que implantaram a ferro e fogo, ssbe-se Deus se as dondocas não teriam sido vitimas da intolerância e da violência que hoje pregam sem nem saberem bem porque o fazem. Lula evitou tudo isto resgatando milhões da miséria. Gente como esta espera um tipo de Brasil parado.no tempo, o que é impossível porque a vida em si mesma consiste em dinamismo e mudança. O Brasil mudou e a maioria silenciosa não esteve neste protesto das tais “elites”.

  21. Este é o ponto: estes tipos que foram às ruas apenas serviram para demonstrar qual é o tipo de zumbi descerebrado que é o midiota; o verdadeiro inimigo a ser combatido é aquele que se encontra encubado no corpo do próprio estado, esperando o momento para explodir o peito do hospedeiro de dentro para feito o monstrinho dos filmes Alien.
    PS – Gostei do novo visual.

  22. Caro Fernando Brito, reproduzi este teu artigo no meu blog, achei bem pertinente. Aproveito para transcrever uma contribuição de um amigo meu nestes tempos de Justiça usada para desgastar nossas combalidas instituições democráticas, abraços, Jadson

    MONTEIRO LOBATO: O “PODER ABSURDO” DO JUIZ DE MANDAR PRENDER SEM NUNCA TER CONHECIDO UMA PRISÃO

    Contribuição de Geraldo Guedes, advogado em Brumado-Bahia ao blog Evidentemente – publicado em 17/08/2015 (o título é deste blog)

    “O mal da justiça humana – protestava, irônico, Monteiro Lobato, da prisão onde foi jogado pela ditadura do Estado Novo; o mal da justiça humana está na falta de uma lei que vou fazer quando for ditador: todos os juízes, depois de nomeados e antes de entrar no exercício do cargo, têm de gramar dois anos de cadeia, um de penitenciária e um de cela, a pão e água e nu – em pelo; Não há nada mais absurdo do que o poder dado a um homem de condenar outros a uma coisa que ele não conhece: a privação da liberdade”; (Roberto Abreu Sodré, No Espelho do Tempo, Meio Século de Política, Ed. Best Seller, S.Paulo, 1995, p. 51). (IBBCrim no. 62, de Janeiro/1998).

  23. https://www.youtube.com/watch?v=K6joVubZdwA

    “Eu considero o crime da compra de votos da reeleição de Fernando Henrique Cardoso o mais grave episódio do ponto de vista institucional desde o fim do regime militar, desde a saída do General Figueiredo, portanto, desde o início do processo de redemocratização no país. Eu acho esse episódio gravíssimo, gravíssimo!”
    Por egrégio e impávido jornalista Janio de Freitas

  24. Além da cegueira estampada pelos dizeres do cartaz, a frase esta escrita errada. Seria “por que” e não “porquê”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *