Moro prepara o “se recibos são verdadeiros, não virão ao caso”

aocaso

Como se antecipou ontem aqui, surgem os sinais de o Juiz Sérgio Moro prepara uma saída de emergência para a impensada e furiosa manifestação da “Força Tarefa” do Ministério Público que – em lugar de pedir a verificação da autenticidade dos recibos de aluguel apresentados por Lula – partir para afirmar,  segundada por toda a imprensa, que os documentos são falsos.

Só se fosse composta por loucos a defesa de Lula não saberia que se pediria exame pericial dos recibos  e que documentos em cópia reprográfica só se prestam – e parcialmente – a este exame se forem autenticadas, e olhe lá.

Moro é muito mais esperto que o Dr. Deltan Dallagnol e já começou a construir o “não vem ao caso” do caso, dizendo que “há dúvida, tratando-se de suposto falso ideológico, quanto à adequação de perícia técnica para a solução da controvérsia”.

E a imprensa, tolinha, não percebeu.

Elementar, meu caro Deltan! Moro prepara o caminho para dizer que, embora os papéis sejam verdadeiros e as assinaturas reais, foram, na sua sumária cognição, criados para sustentar o “falso ideológico” (e não documental) do pagamento do aluguel.

Por que? Ora, porque ele está convencido desde há três anos atrás, mesmo antes de começado o inquérito, de que Lula é culpado e que tudo o que se trata é arranjar de quê será formalmente culpado.

Melhore sua cultura, Dr. Deltan, e descubra que o lobo não tentou convencer o cordeiro de que o rio corria para cima, mas que se não fora ele teria sido seu pai ou seu avô quem bebera a água antes.

 

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