Por Doria, Planalto ataca Maia pela “Istoé”

joaodoriatemer

João Doria Junior é o candidato de Michel Temer às eleições de 2018.

Quem “pesca” no ar a política sabe que não foi “de graça a entrevista do “meu paipai” Cesar Maia dizendo que preferia Luciano Huck como candidato presidencial.

Hoje, o boletim oficioso do Palácio do Planalto, digo, a revista Istoé, deu a versão que este blog tinha antecipado aqui, no domingo passado: que a liberação dos vídeos da delação de Lício Funaro tinha o dedo de Maia, o filho, Rodrigo:

“conforme apurou ISTOÉ foi o próprio Maia, na noite de sexta-feira 29 de setembro, quem pediu a um servidor da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara que disponibilizasse os depoimentos de Funaro. Coube ao funcionário entrar em contato com os responsáveis pelo site da Câmara. Eram 19h30 quando Maia emitiu a ordem. Uma hora depois estava tudo pronto para o conteúdo bombástico entrar no ar. Maia acompanhou tudo de perto. Só descansou depois que o “enter” foi pressionado.’

A revelação é tão de encomenda que as datas estão grosseiramente erradas. O vídeo foi divulgado no site da Câmara no dia 14 deste mês.

Mas a intenção é clara:

Em sua busca incessante de razões para se afastar de Temer, Maia criou um novo atrito na noite da quarta-feira 18. Após o encontro de uma hora que manteve com o presidente no Palácio do Planalto, de 4h30 às 5h30 da tarde, foi divulgada a informação de que se discutiu na reunião o rito de votação da denúncia contra o presidente. Foi o bastante para Rodrigo Maia virar uma arara. Emitiu uma nota oficial esclarecendo que a versão era falsa. E acusou o Palácio de disseminar “intrigas”. Ainda na nota, disse que “não havia sentido algum tratar de rito processual de votação de um Poder da República com o presidente de outro Poder, muito menos quando é um deles que está sendo processado e julgado com seus ministros”. Quer dizer, apesar das promessas de bandeira branca, tudo permaneceu como estava.

Mas, no texto, a Temeré cofessa e o “meu paipai” produziu um factóide com Huck e que é Dória o preferido do DEM e adverte:

No DEM, hoje, Rodrigo Maia é o plano B caso as negociações destinadas a abrigar na legenda o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), fracassem. “Se o cavalo passar encilhado, Maia quer estar pronto para subir”, disse um aliado do parlamentar. Até porque, como diz o provérbio gaúcho, cavalo encilhado não passa duas vezes. Com tantos movimentos ousados, porém, o risco é ele cair do cavalo antes.

Ninguém se surpreenda com a entrada de Dória no PMDB.

A política brasileira é um jogo de pseudoespertezas. Uma pantomima para enganar otários.

 

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