O “cascatão” da Justiça, um poder sem pudor

Na esteira do reajuste “chapado” do Judiciário autoconcedido anteontem, ontem foi a vez do Ministério Publico doar-se um reajuste nos vencimentos.

Calma, porque não vai parar aí: vem uma chusma de ‘gravatinhas’ atrás: parlamentares, procuradores, auditores, toda aquela gente que se proclama guardiã da moralidade pública. Ah, sim, virão também os delegados e toda a corja que se arroga em campeã da honestidade.

No Rio de janeiro, quebrado,

Não, não estou pregando “sacerdócio” aos meritocratas e muito menos a redução do servidor público à pobreza franciscana.

Apenas reflito sobre a capacidade de que essa gente possa trabalhar, efetivamente, para a redução das injustiças, quando passa a aceitar que a satisfação de seus interesses pessoais , que consideram legítimos, nada tenha a ver com a penúria coletiva.

Todos alegam que vão cortar o correspondente a seus aumentos de benefícios em outras despesas, mas despesas que têm a ver com a sua própria capacidade de exercerem a função pela qual são regiamente pagos.

Porque cortar naquelas que fossem supérfluas seria, antes, um dever de quem prega a austeridade no uso dos recursos públicos.

As carreiras de Estado são, obviamente, presas à natureza do Estado. Se o queremos igualitário, equilibrado socialmente, assim também elas devem ser.

Do contrário, estaremos admitindo que, dentro do Estado, formem-se subdivindades, com o poder da verdade, às quais o povo tenha de prestar tributo, em sua miséria.

Todos os governantes que se opuseram a isso enfrentaram o ódio desta casta.

No seu governo no Rio de Janeiro,  mesmo um mecanismo suave e progressivo de equalização de vencimentos proposto por Leonel Brizola aceitaram. Derrubaram na Justiça – ora, ora, poderia ser diferente?” – a figura do “redutor remuneratório”, uma espécie de gatilho que podava em 20% o valor dos reajustes para as categorias mais bem pagas em relação ao concedido à generalidade do funcionalismo. Por exemplo, se o reajuste geral fosse de 10%, para estas categorias seria de 8%. Nada draconiano, portanto.

Agora, a situação é pior, muito pior.

Não é preciso dizer que delegados, promotores e juízes se tornaram donos da vida política do país, decidindo, como césares, com seu polegar quem deve viver e quem deve “morrer”, sepultado pelo noticiário dos jornais.

Se nos deprime e revolta, o episódio a uma coisa ao menos serve: evidencia a falta de sensibilidade e de espírito público desta casta.

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16 respostas

  1. “717 milhões só na Justiça Federal”… mas quanto isso dá em “triplex”???

    O tal triplex que NUNCA foi do Lula foi vendido por 2,2 milhões… pra quem não sabe… a acusação que pesa sobre Lula não é de ser dono do Triplex e sim de ter recebido uma reforma no triplex que um dia seria dele… claro que faz sentido… basta ver o powerpoint do Dallagnol.

    Mas para facilitar a conta vamos ver quantos triplex deram:

    717 milhões / 2,2 milhões = 325.9 Triplex´s por ano… e apenas na Justiça Federal… essa bela “justiça” que nós temos.

    E assim segue o golpe…

    -A Lava-Jato anunciou recuperação de 1 bilhão para Petrobrás… só nos USA a mesma Petrobrás pagou 10 bilhões de indenização… e mais uns 150 bilhões de prejuízo dentro do Brasil.

    -Anunciaram a privatização do Pre-Sal para “capitalizar” a empresa… logo após veio a notícia de 1 TRILHÃO em renúncia fiscal

    -Anunciaram as reformas que criariam empregos e melhorariam a economia… por enquanto só pioraram a realidade do trabalhador e do povo em geral.

    -Anunciaram o fim da corrupção… pelo último debate vemos que a turma da corrupção está toda lá representada em Alckmin e Meirelles, os bandidos favoritos de toda imprensa brasileira. Até Moro parece que tem seu corrupto de estimação.

    Será que coxinha não sabe fazer conta??? Acho que essa conta não está fechando… pra cada centavo que entra… saem alguns milhões!

  2. Apenas, perfeitos: Fernando Brito e Renato AROEIRA.
    Triste País das castas de semideuses rotos. Triste país, triste povo sofrido e MANSO.

  3. Repito, a melhor coisa do golpe (se é que existe coisa boa em golpes) foi mostrar o corporativismo e o o antinacionalismo do judiciário. o pior dos três poderes, porque não pode ser investigado, criticado e muito menos punido.

  4. Perto de outros desastres que cometeram e do desastre que fizeram ao país, acho que este aumento é realmente café pequeno.
    As vezes acho até que foi para disfarçar o resto.

  5. Sr.Fernando.O JUDICIÁRIO e uma CASTA DE OUTROS “PODERES”,foi uma invenção GRECO-ROMANA,para instalar no Estado,uma plêiade de privilegiados,que viveram e vivem às custas do POVÃO,e se transformaram-se em “PODER”,sem OUTORGA.Um filho do que os mesmos gregos e romanos,deram um nome,DEMOCRACIA,essa abstração que leva aos povos da história,a ilusão de liberdades abstratas.Uma maracutaia ,que ao longo dos séculos,se revela nisso que hoje,assistimos,com louvores dos cúmplices esclarecidos,e dos néscios que creem neles.Espero que tenha um triste fim,mas não vejo como,senão pela REVOLUÇÃO,de suas vítimas.

  6. :: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra??S??il e postando:

    Outro excelente texto de sua lavra, Fernando Brasil, quer dizer Brito, Fernando Brito. E, para não variar, percuciente como sempre.

    .:.
    ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? * * * * * * * * * * * * * ? ? ? ? * * * *
    Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) ! ! ! ! Lul(inh)a Paz e Amor (mas sem contemporizações indevidas, ou seja : SEM VASELINA) 2018 neles/as (que já PERDERAM,
    tomaram DE QUATRO nas 4 mais recentes eleições presidenciais no BraSil) ! ! ! ! !
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  7. Com esse nosso judiciário vergonhosamente mais desonesto do que os criminosos que cabe a ele julgar, este pobre país será sempre o paraíso das falcatruas e dos corruptores e corruptos que nadam de braçadas, rindo dos otários que são por eles explorados.
    E o pobre povo brasileiro, deseducado e imbecilizado pelos canais midiáticos de propriedade dos poderosos e vivaldinos corruptores
    donos do capital, que compram, a preço de banana, a já desonesta e impatriótica consciência desses degenerados funcionários públicos de nosso judiciário, que, gananciosa e vaidosamente, se julgam os reis da cocada preta e criaram uma casta venal, sórdida e desprezível, da mais abjeta parcela humana, contra seus irmãos, vendendo-se por trinta míseras moedas de pratas, como fez Judas Iscacariotes!
    Cabe-nos então, a nós, povo vilmente explorado por nossos próprios patrícios, reagirmos à altura da ofensa que nos é canalhamente imposta, exigindo a imediata destituição dessa corja de patrícios canalhas e maus brasileiros .

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