A força do “ele, não” e o caminho para Haddad

Não precisa ser especialista em marketing eleitoral para ver o que significa o dado ressaltado hoje, em manchete, por O Globo: “Entre as mulheres, 51% ainda estão sem candidato a presidente“, quando a resposta é espontânea. Idem na estimulada: 22% entre as mulheres contra 12% entre os homens, na soma de “não sabe” + “brancos e nulos”.

Nada diferente do que foi registrado aqui como o que procurava o programa eleitoral de Haddad no sábado.

Era a fraqueza que, embora endógena a um candidato que se apresenta como “a alvorada do macho”, Jair Bolsonaro procurava compensar até com vídeos fake, produzido com imagens que se vendem por uns trocados na internet.

Procurava, mas foi atropelado pelas patas de seu vice, Hamilton Mourão, que classificou os lares mantidos por mães e avós como “fábrica de desajustados”.

Então, embora com uma origem de classe média – mas com potencial de permear a sociedade, inclusive por conta da adesão de personagens populares – veio o “ele, não”.

Vai se configurando, por conta da fraqueza dos demais candidatos e pelo perfil pessoal  de Fernando Haddad um outro fator, além do imenso fator Lula, a favor do candidatura petista, que já se apontara aqui: um “voto útil feminino”.

E não só delas.

 

 

 

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28 respostas

  1. Tenho ojeriza ao preconceito estampado em pesquisas que incluem condição financeira e escolaridade sinto nelas o fedor do fascismo.

    1. Caçador de Passarinho, ao contrário, é importante para entendermos como pensam essas mulheres, são maioria da população e hoje ocupam, inclusive trabalhos que antes eram exclusivo de homens, como, por exemplo motorista de ônibus, mais a maioria também são esposas, mães, estariam reproduzindo o modelo patriarcal ainda predominante na sociedade brasileira????

      1. SEU FILHO DA PUTA ESTOU DESDE 1989 NA INTERNET QUEM É VOCÊ NA FILA DAS AMEBAS PRA VIR ME ZOAR. VÁ TE FODER!

        1. Fica assim não! Este tipo de reação é próprios dos cornos. Continuo acreditando que você é Alkimin roxo!

  2. 51% das mulheres indecisas? Em que mundo elas vivem? Elas são maioria da população estão em maioria nas universidades e hoje, são médicas, enfermeiras, engenheiras e em muitas profissões operacionais, antes exclusivas de homens, como motoristas de ônibus, por exemplo! O que acontece? elas continuam reproduzindo o modelo patriarcal predominante na sociedade brasileira?

    1. É difícil obter autonomia de opinião política quando você só tem o Jornal Nacional pra te dar uma luz. O processo de decisão ao lado de um pai ou de um marido “cheio de certeza” não é diferente. (Diz a lenda que meu sarcástico avô dizia que os homens decidem coisas importantes, como quem deve ser o presidente, enquanto as mulheres tomam conta de assuntos banais, decidindo qual é o jantar. Quero crer que ele sabia que jantar era importante.) Essa estrutura existe com clareza na sociedade, não se dissolve com rapidez. Dizer “estou indecisa” não deixa de ser “já decidi, mas se meu marido souber vai dar briga”. ;)

      1. Disse tudo, Mariana! Aliás, essa discussão poderia começar com o fato de que a opinião feminina é sempre subestimada, interrompida, desqualificada etc. Ao longo da vida, as mulheres aprendemos a dissimular de várias formas nossas opiniões, até para nossa própria segurança (as agressões a quem pensa diferente do “patriarca” vão desde um sutil riso de deboche à agressão física). Mas isso não significa que não tenhamos opinião política. Apenas que, como você escreveu, séculos de patriarcado não se resolvem com pouco mais de 100 anos de feminismo…

        1. As mulheres brasileiras são subestimadas, interrompidas em suas realizações, sendo Dilma Vana Roussef ,o maior exemplo da desqualificação recente da mulher no Brasil e olha que pelas próprias mulheres, seduzidas que são , pela Rede Globo.

      2. Interessante observação, Mariana. Acontece bastante isso ainda, infelizmente. Os conservadores às vezes não percebem que empoderamento tem a ver também com poder escolher (livre escolha) e não apenas com a palavra “poder” no sentido tradicional de força física ou moral.
        Há bolsominion dizendo que é hipocrisia criticar o funk paródia que eles usaram em Recife ontem, pois há músicas originais em que os fanqueiras usam o termo “cachorras”. Acontece que uma coisa é eu me chamar do que eu bem entender dentro do meu grupo, em que há um sentimento de pertencimento, e querer ser o que bem entender; e outra bem diferente é vir uma pessoa de fora e me chamar daquele nome.
        Obs: aliás, o próprio fato de eu, homem, escrever sobre o tema, não torna o tema 100% reflexivo. Uma ministra da Secretaria de Pol. para as Mulheres tem que ser mulher. Óbvio. No caso do Coiso a discussão nem existiria, como não existem mulheres na sua equipe.

  3. Pesquisas eleitorais,NÃO ACREDITO NELAS.Sofrem de erros de amostragem que a matemática explica ,são vendidas como “confiáveis” ,mas são produzidas por organizações que têm enormes interesses envolvidos na disputa.
    Por quê acreditar nelas?

  4. Para todas as mulheres com quais quais tenho oportunidade de conversar sobre política eleições digo que são elas que vão decidir essa disputa presidencial, já farsesca e fraudulenta na partida. Segundo dados oficiais do TSE, as mulheres representam hoje cerca de 52,5% do eleitorado. Se 51% desse eleitorado feminino ainda não decidiram por um candidato presidencial, isso significa 26,8% das pessoas aptas a votar. Se 85% delas escolherem um candidato e 2/3 desse percentual rejeitarem o candidato nazifascista (o que é, além de factível, bastante provável) ter-se-ão 15% a mais para os candidatos adversários do nazifascismo.

    Tendo em vista declarações machistas de Ciro Gomes, tanto em campanhas anteriores como na atual, é razoável que a grande maioria das eleitoras indecisas optem pelo “plano B” imposto ao PT (pelos golpistas de fora e de dentro da burocracia partidária), Fernando Haddad; supondo que a opção por esse candidato seja de 2/3, é razoável supor que apenas as mulheres indecisas poderão acrescentar cerca de 10 pontos percentuais ao ex-prefeito paulistano. Com essas suposições inferências é perfeitamente crível que no 1º turno Fernando Haddad consiga entre 27 e 33% dos votos, empatando tecnicamente ou até mesmo superando o candidato nazifascista.

    Muito improvável, quase impossível mesmo, é que essa eleição farsesca e fraudulenta seja decidida já no 1º turno. Os golpistas, inclusive do PIG/PPV, mas os do alto comando, os de coturno e os de toga, que fazem largo uso das técnicas de guerra híbrida, até mesmo eles já perceberam que, sem episódios ainda mais graves que os de 1989 (tentativa descarada de criminalizar o PT, usando os “seqüestradores” do empresário Abílio Diniz, o suborno a Míriam Cordeiro e a edição criminosa de um debate entre Lula e Collor, na véspera do 2º turno) ou os de 2014 (quando o Deep State há havia cooptado o sistema judiciário brasileiro e usado a Fraude a Jato para aniquilar o PT, o Ex-Presidente Lula e a Esquerda, desestabilizando e sabotando o governo de Dilma Roussef, de modo a impedi-la de se reeleger e tentou uma “bala de prata”, com o jornalismo esgotífero e criminoso de uma revista semanal, conjugado com fraudes eleitorais contratadas no TSE para dar vitória ao candidato do PSDB, Aécio Cunha) será muito difícil a vitória de um candidato de direita ou extrema direita.

    O “esfakeamento” do candidato nazifascista, no dia 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora foi completamente desmascarado e não causou a “comoção” e simpatia que seus planejadores esperavam. O episódio – uma farsa, uma fraude grotesca, criminosa contra o Estado que se pretenda democrático e de direito – apenas cristalizou o voto dos descerebrados e manipulados pelo ódio nazifascista, que já haviam declarado apoio ou simpatia ao candidato de extrema direita. Ao invés de diminuir, a rejeição ao candidato nazifascista aumentou, após o “esfakeamento”. Em tempos de internet e redes sociais, as vacinas contra entrevistas “bombásticas” do indivíduo “maluco”, que supostamente “esfaqueou” um candidato presidencial já foram disseminadas na rede mundial de computadores, seja por meio de grupos e comunidades que usam redes sociais, seja por meio de blogs e portais não alinhados como PIG/PPV oficial. Duvido que até mesmo um extensa reportagem no telejornal noturno da TV Globo, no sábado, véspera da eleição, tenha o peso que os golpistas ainda acreditam ter a televisão e outros veículos de massa, para influenciar a decisão dos eleitores, na hora de escolher o candidato presidencial. Essa minha percepção decore do fracasso, por mim previsto, verificado na campanha de Geraldo Alckmin, que mesmo blindado pelo PIG/PPV até há pouco mais de um mês e com metade do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, deve chegar ao 1º turno da eleição presidencial com menos de 10% das intenções de voto.

  5. Acho essa história de elenão meio coisa de zona sul super chique charmosa. Mas se funcionar ta bom RS.

  6. Todas e todos do bem unidos pela democracia!
    Ele NÃO!
    A maior artista do país atualmente, Marília Mendonça se posiciona a favor da campanha #EleNão: “Não é uma questão politica, é de bom senso!”
    https://twitter.com/bchartsnet/status/1044035125057646595?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1044035125057646595&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.diariodocentrodomundo.com.br%2Fvideo-compositora-do-sertanejo-marilia-mendonca-se-posiciona-a-favor-do-elenao-contra-bolsonaro%2F
    .

  7. Bolsominons tendem a ser pessoas inseguras. Querem que as mulheres voltem a ser novamente “do lar”, para se sentirem machos de novo. Não passam de adultos infantilizados. Pra eles, se a mulher quiser pegar todo mundo, é “cadela”. Mas, se o cara fizer isso, é o fodão. Eles até acham lindo o Bolsonaro falar “nas entrelinhas” que usou o auxílio moradia da Câmara para transar com putas. Mas, se fosse uma senhora contratando um michê, seria um escândalo né?!

    https://youtu.be/HwwMlyQkw2Q

    Esse tipo de comportamento nem era pra estar em discussão. Há temas bem mais relevantes e quem quiser ser monogâmico ou não que seja, mulher ou homem, sem ser julgado no âmbito de políticas públicas. Mas quem traz esse tema hipócrita de “tradição, família e dos bons costumes” não pode reclamar de transparência em todos os seus aspectos, ok?!

  8. O raciocínio de Fernando Brito é claro: Haddad tem a seu favor “o imenso fator Lula” e agora espera contar também com o “voto útil feminino”. Isso é uma miséria do ponto de vista de lastro político próprio. É como numa partida de futebol: como o seu time não tem capacidade de fazer gol por méritos próprios, depende de um gol contra para vencer a partida…

  9. Tem um tal de Professor Wanderlei no conversa fiada que escreve tantas bobagens, que não dá pra ler.
    Um verdadeiro Rola bosta. O cara não nega de um CORNO assumido.
    Ô dó!!!

  10. Não é preconceito meu amigo, apenas a realidade é que na pobreza se passa fome, e portanto tem prioridades basicas na hora de escolher um candidato. Só o rico vota com ódio.

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