Base de foguetes para os EUA; nada de foguetes para o Brasil

O acordo assinado com os Estados Unidos para o uso da Base Aeroespacial de Alcântara, divulgado hoje, é a vergonha que se previa.

Nem tanto pela franquia irrestrita dos norte-americanos, sem aviso prévio sequer aos brasileiros, viralatice que era uma exigência deles para que seus segredos tecnológicos (e quem sabe, nem só estes).

O mais grave é que eles se atrevem a dizer em que poderemos usar o dinheiro pago pelo uso da base.

Podemos – obrigado, buana – aplicar em nosso programa espacial mas, jamais, em veículos lançadores de satélite.

Não pense que é só para, desenvolvendo satélites, os tenhamos de depender dos “táxis” norte-americanos para pô-los em órbita. Até porque França, China e Rússia também podem alugar vetores de lançamento.

É por outra razão, bem fácil de entender: o Brasil não pode desenvolver capacidade balística.

O desenvolvimento de foguetes é o mesmo, tanto para a área espacial quanto para a a indústria de defesa e esta indústria está vedada aos brasileiros.

A ironia suprema é que isso está acontecendo num governo que se exerce sob a hegemonia dos militares que, em tese, sabem que a capacidade balística de um país é o principal fator de dissuasão de ameaças bélicas de um país hostil.

Alguém acha que Donald Trump passou a dar conversas a Coreia do Norte porque, como Dennis Rodman, passou a achar o Kim Jong-un uma cara simpático, fã do Chicago Bulls ou porque ele lançou foguetes de longo alcance?

Pois o nosso governo e os nossos chefes militares devem achar que não, pelo fato de aceitarem que não podem investir em foguetes.

Será que preferem “arminha”?

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19 respostas

  1. nossas forças armadas preferem colocar um pincel na mão e caiar meio-fio. Bem, isso para os os soldados. Os de patentes superiores, formam uma grande e cara cadeia de comando. O de cima dá a ordem, e ela passa por toda a cadeia: vamos pintar tudo de novo!
    E nós pagamos a conta, porque se não for assim, eles pegam os fuzis e nos ameaçam com um golpe.

  2. Esse acordo assinado à revelia dos brasileiros tem que ser revogado pelo Congresso. Aliás todas as besteiras feitas pelo presidente em suas viagens. O cara diz que representa um time mas age em favor de outros. Isso tem nome: traição. Em alguns países dá pena capital. Aqui dá a pena máxima de 30 anos.

  3. Kkkkk …..que piada, bolsonaro não serve nem pra vereador , tava na cara que ele e seu bando de debiloides foram pra la viralatear, o sonho americano era um governo fraco e submisso aqui.

  4. As forças armadas brasileiras são vergonhosamente covardes e subservientes.
    Não estão aqui para defender os interesses brasileiros.
    Estão aqui para manter o povo acuado e para dar espaço para que os yankees depenem este país.
    Generais COVARDES.
    Bando de VAGABUNDOS traidores da pátria.

  5. Brito, acho que foi o Dennis Rodman, e não o Michael Jordan, quem visitou a Coréia do Norte e ficou amigo do Kim Jong-un.

  6. Enquanto ainda mantivermos o pensamento de achar que aquilo é uma organização a serviço do Brasil,que eles são patriotas só por serem militares ,ou que pelo fato de dizer”que daríam a vida pela pátria ” os converte numa sorte de tutores do resto da sociedade ,andaremos mal.
    Aí ao lado ,na Argentina eles foram colocados no seu justo lugar,funcionários públicos que têm a missão de encabeçar a resistência contra uma agressão externa,NADA MAIS QUE ISSO,NADA MAIS.
    Parasitas acostumados a sugar o dinheiro público ,sempre com a ameaça de possuir as armas que nós lhe compramos !!!!!absurdo,simplesmente absurdo.
    Nada produzem ,a não ser golpes de Estado.
    Se começarmos a pensar com lógica ,concluiremos que todo funcionário público é o nosso empregado ,milico,juíz,político ,etc e que a NÓS devem explicações e o cumprimento de suas obrigaçãoes ,então quem sabe iniciaremos o trabalho necessário de colocar as coisas em seu devido lugar.
    Até lá… só com ajuda divina (se ela existe)

  7. Só poder ser uma piada de muito mau gosto.

    Trata-se da mesma exigência que os EUA tentam impor ao Irã, como condição para o retorno dos yankees ao Acordo nuclear multilateral, com os persas. Acordo esse que tem sido respeitado, segundo todos os organismos de fiscalização internacionais, pelo Irã.

    A “pequena” diferença é que eles disseram NÃO, e continuaram a desenvolver sua capacidade balística e de sistemas de propulsão. Mesmo com pesadas sanções unilaterais dos EUA, as quais, até onde se sabe, sequer foram cogitadas para o Brasil (independente da entrega da base).

    Resultado: Recentemente, o governo iraniano já revelou que os americanos tentaram promover uma série de encontros, entre os presidentes dos dois países, para tratar de contrapartidas que fizessem os iranianos abrirem mão de seu programa de foguetes e mísseis. Voltaram para a Casa Branca com outro sonoro NÃO.

    E ao Brazil, enquanto isso, NENHUMA contrapartida tecnológica ou comercial foi oferecida. Pelo contrário, levamos na cabeça um maldito “acordo de salvaguardas tecnológicas”, em que não temos acesso a um parafuso dos Veículos lançadores americanos.

    1. Com um detalhe. “Fizemos” o favor de ir até Washington levar tudo o que os gringos queriam e muito mais, poupando-os até mesmo dos gastos de viagem.
      Venhamos e convenhamos. Não precisamos mesmo de foguetes.
      Com a defesa que temos, até inimigos são desnecessários pois nossos próprios “defensores” já se encarregaram de garantir a nossa destruição!

  8. Acho que não podemos condenar assim os militares, antes precisamos saber em que condições ele estão aceitando o desmonte do estado brasileiro.Alias não é de agora que eles fazem tudo que o Império ordena de livre e espontânea pressão sob ameaça sabe-se lá de que
    talvez daqueles poderosos mísseis de cruzeiro apontados para suas cabeças.

  9. Como já tenho escrito faz tempo sobre essas forcinhas armadas do Brasil. Elas são inúteis, são entreguistas e preferem balançar o rabinho para os imperialistas ianques.

  10. mala de dinheiro do general para apoiar o golpe em 1954 , quantos não receberam dos americanos ?.

  11. O que me dana é o Fernando Brito ainda tratar (mesmo que por exclusão e redundâncias/eufemismo/tergiversação/diversionismo/circunlóquios) os militares brasileiros como uma coisa séria… São moleques, milicus moleques, e moleques de recados da pior espécie, sabujos sabujíssimos. Não se nasce militar, é verdade. E é o pior: isso é uma opção que se faz, entre a barbárie e a civilização e há quem escolha a bárbarie. Será que se vai precisar ficar citando Einstein (e outros. Freud, por exemplo) o tempo todo, sobre o militarismo ? Esses caras fizeram uma opção inicial e mais recentemente decidiram retomar formalmente o poder, aplicando os golpes em surdina a que suas concepções ideológicas perniciosas estão acostumadas a maquinar inescrupulosamente. Só merecem todo o desprezo e repulsa de cada brasileiro e ser humano conscientes, embora haja, possivelmente, exceções, algum, um ou outro militar que não tenha o (mau) caráter militar.

  12. Como é que tem militares que se submetem a isso? Esses são os nossos verdadeiros patriotas.

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