Moro “barrou” procuradora na inquirição de Lula

Depois da esperada “valorizada” de deixar para o final do programa o trecho inédito dos diálogos da Força Tarefa da Lava Jato obtidos pelo The Intercept, Reinaldo Azevedo revelou seu teor.

Ele recordou que, numa divulgação anterior, Moro reclamava a Deltan Dallagnol de que o desempenho de procuradora Laura Tessler era inconvincente nos interrogatórios da Lava Jato.

Ontem, o senador Nelsinho Trad, do Mato Grosso do Sul, perguntou se Moro teria interferido na substituição de promotores no caso.

Moro respondeu que “o que consta no site é que dar uns conselhos para melhorar” não é anormal.  E diz que não houve, tanto que essa pessoa continua até até hoje praticando atos processuais”.

E o diálogo inédito:

17 minutos depois da conversa com Moro, Dallagnol fala com Carlos Fernando dos Santos Lima , o procurador “barbeta” da Operação, depois de tomar cuidado para não deixar o Telegram e que “depois apagamos o conteúdo”, retransmite a mensagem de Moro para ele.

E combinam que vão mexer na escala, o que de fato fazem na audiência de inquirição de Lula.

Laura Tessler deixa o posto de representante do MP na inquirição de Lula, sendo substituída por Roberson Henrique Pozzobom e Júlio Noronha.

Ou seja, Sérgio Moro orientou a “escalação” do time acusatório.

Laura Tessler foi “barrada” por Moro, o “professor” do time da Lava jato.

Se isso não é “aconselhar” uma das partes, nada mais é.

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