Desde anteontem, venho insistindo em que as declarações de Paulo Guedes em favor de medidas autoritárias iriam criar um problema com os neoliberais liberais – desculpem-me pelo que deveria ser um pleonasmo.
Chamo a atenção do leitor para o artigo de Míriam Leitão, a “musa da retomada”, no site de O Globo.
A sua conclusão é anormalmente firme e decidida quando não é o caso de referendar as posições do governo, ao reagir à sugestão de Paulo Guedes de de que pedir-se um AI-5 poderia ser a reação a um quadro de protesto:
“O ministro ajudou a esclarecer as coisas. Ao ecoar explicitamente a ameaça feita pelo filho do presidente, removeu o suposto isolamento e uniu a economia à parte sombria do governo que abraçou.
O problema, porém, não é Paulo Guedes admitir se associar a um projeto autoritário.
É que o projeto autoritário é o único caminho possível para a implantação do modelo “Paulo Guedes” de reformas na economia, com cortes ainda mais brutais nos gastos sociais.
Miriam Leitão não é uma ingênua.
Sabe, até por que o experimentou pessoalmente, o que significa a abertura de espaços para um regime de exceção.
Da mesma forma, o capital estrangeiro o sabe e está com três das quatro patas atrás com o desenvolvimento da situação brasileira.
Não nos abandona porque o Brasil, mesmo com apenas um terço da população participando do mercado de consumo, ainda é um mercado do tamanho da França.
Estamos enfrentando uma situação de saída de capitais que só tem paralelo nos tempos mais pesados da crise, em 2015/16.
O experiente João Paulo Kupfer, no UOL, ouvindo um conservador como Affonso Celso Pastore, diz que ele estima que saldo da balança comercial fechará 2019 em US$ 40 bilhões e descerá a US$ 35 bilhões, em 2020. Quando se comparam esses números com os US$ 60 bilhões de saldo comercial obtido em 2018, dá para perceber o tamanho da reversão — e da seca na torneira de dólares.
Os dados fazem-me ser mais pessimista: o ano fechará em saldo de US$ 35 bilhões ou menos. E 2020 depende do imponderável da situação mundial.
Não são as declarações de Paulo Guedes que estão trazendo a ameaça de autoritarismo e caos. É a crise que se anuncia que está trazendo o flerte de Guedes com o autoritarismo.
22 respostas
Paulo Henrique Amorim chamava a Leitão de URUBÓLOGA, pois ela sempre falava contra qualquer medida econômoca do PT. Quando uma mudança era boa, aos olhos de qualquer economista, ela sempre tinha um MAS, quando precisava elogiar medidas adotadas pelo Lula ou pela Dilma. Essa mulher ou tem problemas cognitivos ou sofre de desonestidade intelectual. Em resumo: a Miriam só engana bolsominions e coxinhas.
é desonestidade intelectual.
Desonestidade em estado bruto.
O caso dela me faz pensar em o que as pessoas fazem por dinheiro.
É o mesmo caso de 98% do judiciário, mpf, pf, etc
Só pensam na grana.
Falo porque conheço pessoalmente muitos destes concursados e sei o que eles pensam.
É a extrema direita e seu projeto ‘SS’
de autoritarismo já no poder.
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Que é igual ao BOLSONARISMO
SIONISMO+NAZISMO+FASCISMO = BOLSONARISMO
concordo.
Os dois não prestam.
Eu acho que a Leitoa não aprendeu nada nos cárceres da ditadura.
Aprendeu.
Que o dinheiro é melhor que desgaste defendendo direitos de pobres.
O guedes vê ruir no seu Chile o que ia implantar no Brasil. Todos os seus planos foram por água abaixo. Não tem saída, por isso descamba para o partido do bozo. Por isso o desespero.
Tudo o que pretendia fazer foi desmascarado no Chile, como se sabe.
Toda a desgraça que sonhou como ideal com a sua imbecilidade, agora não mais existe.
Está destruído. Só restou a vontade de destruir o país.
Pra mim , “QUANTO PIOR, MELHOR”.
FODAM-SE TODOS (eu inclusive) !
Na verdade, se é para o Brasil acabar, que seja rápido.
O pior é que não acaba, Ausdem; transforma-se em uma miríade de republiquetas, a exemplo da Europa Oriental. A OTAN (que ganhou um S final de sul, sem nos consultar) tem um armário cheio de kits-País, contendo constituição, hino e bandeira, prontinhos para uso.
É muito difícil controlar golpes em toda a América Latina, ainda mais em uma situação em que a economia mundial tende a entrar em uma crise gigantesca. O quebra-quebra de 2013 que iniciou o golpe no Brasil, onde pessoas – que talvez nem brasileiros fossem – tentaram incendiar até o palácio do Itamaraty (tudo confortavelmente filmado pela TV Globo), é o mesmo quebra-quebra também violentíssimo que desfechou o golpe na Bolívia. E agora vai ser tentado no México o mesmo modelo de quebra-quebra violento para tentar favorecer por lá o mesmo tipo de golpe, que na verdade tem sua gênese na longínqua Ucrânia. Só que na Bolívia o processo foi relâmpago, enquanto no Brasil, país mil vezes mais complexo, o processo teve de durar três anos. Se o Chile já cumpriu todo o circuito avassalador da parasitagem neoliberal pós-golpes violentos, o Brasil também não está distante desse ponto. Quem muito abarca pouco aperta, e as explosões no paraíso colonial da Colômbia mostram isso. Então, um novo golpe por aqui não pode ter espaço para vingar. Estamos na frente do processo todo, e o que está à nossa frente é o reconhecimento da plenitude democrática, e não, mais um lance de escada para descer ao inferno de algum novo processo ditatorial.
Deus te ouça.
Hoje, no whatsapp começou a circular as imagens dos supermercados e açougues informando que a carne bovina está em falta, pois os frigoríficos informam que os preços estão subindo diariamente. A cidade é um pólo agropecuário, e votou no coiso. A gasolina tá aos poucos subindo também. Acho é pouco. Quiseram isso, que o caos econômico venha.
Esse bando de Filhos-da-puta da Direita prefere destruir um país inteiro, quase do tamanho de um continente, a entender o óbvio: Só um mercado de consumo pujante, com uma classe média crescente e próspera, é solução para o dilema. Vejo Paulo Guedes como um ser completamente idiota. Não entende o mais básico conceito de Matemática, a noção de função. Eu explico: Se y é função de x, então para obter uma saída y diferente da atual, é preciso alterar a entrada x para outra proposta. O que me assusta é a incapacidade desses imbecis de chegar a uma conclusão elementar, baseada em óbvias evidências empíricas: Austeridade fiscal, meramente, não funciona e não dá o resultado pretendido! Confiança de cu é rola, se não houver demanda agregada! Caramba, você descobre que regredimos à idade média quando um governo toma decisões baseadas em preceitos religiosos, contra todas as evidências experimentais disponíveis. É isso o que o Neoliberalismo é, uma religião! E esses neocons sem noção são os seus profetas do apocalipse. E o pobre-de-direita é um otário, uma aberração que lhes entregou o poder… Estamos lascados!
Conclusão bem interessante.
“Sabe, até por que o experimentou pessoalmente, o que significa a abertura de espaços para um regime de exceção.
Ela pode até saber mas não quer de jeito nenhum que outros saibam.
Os outros saberem e, principalmente, terem consciência do que isto significa é o pavor destes bandidos que tomaram o poder. Pode atrapalhar os negócios.
E os negócios são tudo para esta gente.
Um cidadão morreu e foi para o céu ..
Enquanto estava em frente a São Pedro nos Portões Celestiais , viu uma enorme parede com relógios atrás dele.
Ele perguntou:
– O que são todos aqueles relógios ?
São Pedro respondeu:
– São Relógios da Mentira. Todo mundo na Terra tem um Relógio da Mentira.
Cada vez que você mente os ponteiros se movem mais rápido .
– Oh!! – exclamou o cidadão
– De quem é aquele relógio ali?
– É o de Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela nunca mentiu.
– E aquele, é de quem?
– É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros só se moveram duas vezes, indicando que ele só mentiu duas vezes em toda a sua vida.
– E os Relógios do BOLSONARO e do GUEDES , também estão aqui ?
– Ah! Eles estão na minha sala.
– Ué – espantou-se o cidadão . Por quê ?
E São Pedro, rindo, respondeu:
– ESTOU USANDO COMO VENTILADORES DE TETO.
Há pouco tempo, um sociólogo, cujo nome não lembro, dizia que hoje não se precisa mais de tanques para fazer uma ditadura. Basta um judiciário e um congresso domesticados. Ano que vem, os garantistas deixam de ser maioria no STF (se de fato o são agora) e o congresso….Num país que assistiu a um golpe absurdo, a uma condenação do Lula surrealista e a uma eleição fraudulenta com total omissão do judiciário, não se espantem se, em 2022, o STF determine que partidos que tenham as letas P e T no nome não possam concorrer
Há dois tipos de analistas econômicos: os que não sabem e os que não sabem que não sabem. Não tenho nenhuma dúvida de que a “inteligência (sic) econômica” do Golpe, está no segundo grupo. Não só “eles” não sabem que não sabem como, para nossa desgraça, acreditam que só eles sabem. O primeiro erro dessa “turminha” que circula no eixo Faria Lima-Leblon foi apostar na política da terra devastada, a segunda, foi a ideia de induzir o paciente (no caso, a economia brasileira) ao coma induzido, o terceiro erro crasso foi não ter a menor ideia, ou pior, ter ideias totalmente equivocadas sobre como tirar o paciente do coma e a maneira mais rápida recuperar os movimentos da pobre cobaia (nós). O mais engraçado nessa tragédia na qual as vítimas somos nós é que fizeram tudo isso com a soberba de que nem os que sabem tem. As frases que foram pipocando na imprensa ao longo desses trágicos anos é uma espécie de roteiro e resumo cômico dos erros que foram sendo cometidos: do “era só tirar a anta da Dilma” a “chuva de dólares” que não veio (para desanimo dos canalhinhas e fregueses da Disney”worrrrd”), da “Ponte para o Futuro” às virtudes e à “lições de casa” da politica econômica da Argentina de Macri, dos tarados do núcleo da meta de inflação ao lunático Chibangoboy que não rasga dinheiro (digo, lógico, o próprio, com o nosso ele é bastante generoso). Tem lá a sua graça tudo isso, aliás seria bastante gracioso se, como diz um amigo, não fosse conosco.
Pacote do Guedes e crise do capitalismo (que se evidencia na sanha por roubar as riquezas dos países e os direitos das populações) exigem medidas extras de repressão e elas estão em andamento no congresso através de vários projetos de lei – no conjunto esses projetos de lei consubstanciam uma ditadura “legalizada”. Uma coisa eu queria saber: se o governo continuar metendo a mão nas reservas internacionais, em quanto tempo bateremos na porta do FMI, já que a economia está dependendo da venda de ativos e não de crescimento?