Um pastiche de Goebbels

O sujeito que ocupa a Secretaria Nacional de Cultura, anunciado como diretor teatral, mostrou ontem seus dotes de interpretação, além de sua competência cênica.

Com um visual e expressão quase fúnebres, uma Cruz de Caravaca (símbolo da conversão de infiéis, reza a lenda espanhola) e o prelúdio de uma ópera wagneriana, anunciou os prêmios que serão oferecidos aos que quiserem fazer “cultura bolsonariana”.

É obvio que nada foi casual na referência – e quase textual – às palavras do nazista Joseph Goebbels, dissertando a diretores teatrais, em 1933, sobre a arte alemã (Duvidou?, Veja aqui, na página 23).

O senhor Roberto Alvim é obviamente um filonazista mas, neste campo, só lhe sobrou ser uma pastiche, uma caricatura do alemão.

O mais grave, porém, é que essa característica só o tem feito galgar posições no governo Bolsonaro.

Até ofender publicamente Fernanda Montenegro, Alvim era um completo anônimo.

De lá para cá, mesmo que assinando contratos constrangedores de pagamentos à própria mulher, Alvim só progrediu, até virar o “ministro da Cultura” de fato, pois o ministro Osmar Abaixo da Terra está virtualmente desaparecido.

Fico pensando nos generais que levaram esta cambada ao poder: que ofensa aos seus predecessores que foram à Itália lutar contra o fascismo, enquanto seu líder arranja uma “boquinha” para os reservistas irem para o INSS!

 

 

 

 

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24 respostas

      1. obs. sempre bom RELEMBRAR: segundo o liberalzinho sergio davila (diretor de redação da Folha), esse fascista não pode ser classificado como “extrema-direita”.

  1. É o que a massa votou.
    Este imbecil e os demais ( a lista é longa) ,a começar pelo líder da gang e sua família,foram alçados pela massa ignorante,maioría absoluta neste país (país?).
    Mas também ,porque nós,os deste lado ,vítimas diarias e por muitas décadas ainda, das ações criminosas dos fascistas,DEIXAMOS ACONTECER.
    Já sobre “os generais” esses nem sequer merecem qualquer tipo de menção.
    Se vendem à melhor oferta,históricamente o tio sam.

    1. Verdade. Não é à toa que esses caras, a cada passo, são alvos de menções que vão de chifre a veadagem enrustida. Para que serve essa gente? São inimigos da brasilidade, ao menor sinal dos poderosos se abatem como cães sobre o povo que deveriam honrar e defender, são os primeiros, exceto aquelas poucas exceções, a escancararem a soberania aos seus heróis, aos seus eternos marines. Gente abjeta e apodrecida até o talo da alma.

    2. Em 1. de abril de 1964, o então presidente Goulart sofreu um golpe civil-militar. Mas havia uma saída: se o II Exército, comandado pelo gen. Amaury Kruel, compadre e “amigo” de Goulart não aderisse, o golpe não aconteceria. Ao meio-dia, Kruel estava com o governo. Às 19 hs., já tinha mudado de lado. O motivo? Seis malas recheadas de dólares levadas até um laboratório do Exército onde Kruel se encontrava pelo então presidente da FIESP Raphael Noschese. O preço de Kruel foi US$ 1,2 milhão em valores da época. Quanto seria hoje?

      https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=Ewf9SlvSYc8 – Depoimento do Cel. Erimá P. Moreira, na época major-farmacêutico do Exército. ? ?

  2. Dos 5 projetos, do projeto de caricatura cultural do nazismo, a ópera é que ganhará o maior prêmio. Sabe muito bem o fingido, que quase ninguém, tem cultura erudita acadêmica para compor uma ópera. Até porquê não há incentivos econômicos à cultura erudita. Além disto, E também acho que o povo brasileiro ano se identifica com o gênero ópera. Vamos ver o que virá disto, não pago pra ver.

    1. Não se engane. Terão bozomínions que comporão porcaria e receberão o milionário prêmio. Mais uma maneira de lavar dinheiro do Estado.

  3. Eu sou contra a demissão imediata desse secretário da cultura nazista, porque, quanto mais tempo ele for mantido no cargo, o governo do capitão vai sendo cada vez mais minado, e vai chegar a um ponto que ele vai explodir totalmente. Se o capitão demitir o secretário, as forças que o apoiam, vão pedir tolerância, paciência com ele e sua turma, sendo que esse governo já passou de todos os limites há muito tempo!!!!

  4. Caro Fernando,

    quanta perda de tempo: quando o Exército brasileiro foi lutar na II Guerra Mundial o fez por força das negociações de Vargas com os EUA, pois, a maioria dos militares, na época, eram germanófilos, alguns, aliás, como ainda hoje, protofascistas, simpatizantes do integralismo. Os mais elaborados praticavam (praticam) a “religião comteana”… ou o arremedo de filosofia chamada Positivismo, no Brasil, transmutada numa religião pois que convertida em “fé” e não em reflexão filosófica ou em estudos metódicos. Um bom exemplo é a até hoje atual “teoria do branqueamento da raça”. Como você deve se lembrar, o atual vice presidente da República Hamilton Mourão, membro de uma casta de militares protofascistas e golpistas, já nos saiu com a seguinte pérola: “… herdamos a indolência dos índios e a malandragem do negros” (não disse, mas provavelmente pensou: “… e a corrupção dos portugueses”… é quase um Luís Roberto Barroso!).

  5. Os militares entreguistas não tem respeito para com os nossos pracinhas da FEB (heróis de verdade) q ajudaram a derrotar o fascismo e o nazismo. Primeiro: porque militar entreguista é eufemismo de traidor da pátria; segundo: os militares entreguistas são doutrinados com valores fascistas.

  6. Só corroborou com o que pensa o seu chefete estúpido que hoje ocupa o planalto. Este cara além de ser limado do cargo, tem de ser processado.

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