Com alguma vergonha, os “especialistas” – para usar a palavra da moda, já que “economista” anda meio por baixo – procuraram , na sexta-feira, “explicar” que o estigma colocado em Jair Bolsonaro pelo seu dileto Secretário de Cultura, Roberto Alvim, em nada influenciava o esperado “agora vai” da economia.
É claro que isso é apenas uma tolice autoindulgente do pessoal do mercado, tanto nos que não têm coragem de assumir sua identidade com o autoritarismo reinante quanto dos que, apesar de reconhecê-lo, toleram-no em nome do “bom desempenho” do mercado.
Tolice porque, em primeiro lugar, sabe que não há bom desempenho econômico, embora possa haver bolhas especulativas no mercado de renda variável – em especial a Bovespa – graças à virtual demolição das aplicações em renda fixa, agora reduzidas ao mínimo necessário para suprir necessidades de fluxo de caixa, por conta da redução dos juros.
E é assim porque as condições estruturais para um bom desempenho econômico – trabalho, renda, consumo e investimento – seguem deprimidas e sem sinal de alguma melhoria que não seja eventual.
O autoritarismo, ao contrário, joga contra estes fatores – facilitam-se demissões, não se geram novos postos de trabalho, reduz-se a segurança para tomar créditos, não se iniciam grandes obras públicas (mal e mal concluem-se, com atraso, a já iniciadas) de infraestrutura e de habitação.
Os colaboracionistas do fascismo tupiniquim, se não prezam seu povo e seu país, ao menos poupem-se de mentir: apoiam Bolsonaro por simples e prosaicas razões: engolirem ou deixarem engolir o patrimônio nacional e destruir os direitos sociais construídos ao longo do século 20.
Não é pela economia que o sustentam, é pelos negócios. Parece o mesmo, mas são coisas muito diferentes.
12 respostas
Como disse o presidente do Itaú, o discurso do Bolsonaro não prejudica os negócios
https://twitter.com/luisnassif/status/1218147135469826048
https://twitter.com/cynaramenezes/status/1218207063601446912
https://twitter.com/luisnassif/status/1218975888093696010
Um bando de FDP: Bolsonaro, o presidente do Itaú et caterva.
O autoritarismo pode até ser bom para a economia; por exemplo, a China em 40 anos deixou de ser uma das nações mais pobres (per-capita) do planeta para se tornar o único país no mundo com capacidade para peitar os EUA (e que, se não tiver algum grande percalço, deve ultrapassar os EUA em poder econômico e influência nas próximas décadas).
Isso, no entanto, só ocorre quando quem tomou o poder se cerca de pessoas muito bem capacitadas e coloca o sucesso econômico da nação acima de questões de ordem pessoal ou mesmo ideológica. A mesma China fornece talvez o melhor exemplo de como a gestão da economia por um bando de ineptos pode prejudicar o país; o primeiro presidente da China comunista, Mao Tsé-Tung, achava a ciência uma baboseira e, ao implementar políticas boladas por ele e seus puxa-sacos sem o auxílio de (reais) especialistas, quase arruinou a China, tanto na agricultura (o plano de manejo de pragas dele acabou com o predador natural do gafanhoto e causou uma década de fome no país) quanto na economia (ele aprovou um conceito de produção descentralizada de ferro que provocou imensos prejuízos para a economia nacional e fez com que a China não tivesse dinheiro para compensar a década de colheitas horríveis com importação de comida).
Tapam o nariz e seguem em frente na rapinagem
Recuperação econômica é o grande mito desse governo.
O “agora vai” só pode ser para o brejo e só não foi ainda porque os economistas do governo e os jornalistas da grande mídia estão fazendo malabarismos para que as bolas não caiam. Êta circo sem graça.
Sem consumidores as lojas não vendem. Sem vendas os produtores não produzem. Sem produtores e consumidores não há capitalismo. Henry Ford, que não era petralha, sabia isso.
Um tal de Instituto Plínio Correia de Oliveira está postando vídeos no Youtube nos quais “ilustres cientistas” brasileiros provam que coisas tais como a Teoria da Evolução das Espécies e a afirmação de que a Terra é redonda são mitos farsescos espalhados pela esquerda. Com tudo o que é de extrema-direita, agora vemos ressurgir também a TFP. Neste momento em que o país vomita todas as suas excrescências malévolas cevadas no radicalismo de direita, não poderia faltar a ressurreição da terrível associação, com a adoração de sua santa trindade composta pela mãe de Plínio, dona Lucília, pelo próprio Plínio e pelo Monsenhor Joâo Clá, que são endeusados por devotos que agora se estendem pelo mundo afora, e que querem que em breve Monsenhor Clá seja eleito Papa porque é o único que poderá salvar a Humanidade possuída por demônios comunistas. Aguenta, Brasil!
O “mercado” é somente a bovespa?
E quando aquela bolha explodir, onde vão pedir socorro?
os nossos empresarios e banqueiros conseguem ser piores q os politicos pois sao os q os bancam. e a populacao uberizada nao sai da letargia de bela adormecida eterna