Coronavírus se espalha e derruba bolsas pelo mundo

Aconteceu o que ontem, bem cedo, já se esperava aqui.

A expansão do coronavírus para a Coreia do Sul (843 casos, 7 mortes) e para a Itália (157 casos, 4 mortes), embora ainda não configure um quaa está provocando um abalo na economia semelhante ao do momento em que se percebeu quando surgiu o surto na China.

A bolsa coreana caiu quase 4%, a do Reino Unido, 3% e as da Alemanha e da França operam perto dos 4% de queda. No premarket norte-americano, o índice S&P 500 cai 2,64% e a Nasdaq 3,26%, no momento em que escrevo.

E nós com isso?

Esta na capa do Financial Times: “Investidores se afastam de ativos mais arriscados devido sinais de que o surto que está acelerando fora da China.

Por sorte, com dois dias de carnaval, isso pode ser amenizado se – SE – não forem repetidos os níveis de expansão da doença registrados no final de semana.

Do contrário, e é provável, a Quarta-Feira de Cinzas vai pegar fogo no cassino financeiro do Brasil.

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9 respostas

  1. A economia brasileira está em frangalhos, pois o poder de compra das pessoas está sendo suprimido pelo Paulo Guedes. Não há capitalismo sem consumidor, a não ser o rentismo.
    Rentismo consiste em produzir dinheiro do nada. Tudo vai bem, até que chega um coronavírus.

    1. E ainda tem as BOLHAS que isso forma. Eu não entendo de Bolsa e Economia, mas já ouvi falar que especulação sem produtividade forma essas bolhas.

        1. Muitos idiotas estão entrando nos Bit cointe, mas nos parece que será uma bolha como foi as Pirâmides da vida. Quando a Bolha estourar os Bit cointe virarão fumaça.

  2. Enquanto isso a China, na província de Hubei, dá mostra de sua competência. Os números de casos novos se estabilizou há quase um mês e começou a cair na última semana a ponto do número de pacientes que recebeu alta hospitalar já supera o número de casos novos, numa província com alta concentração populacional (assim como sua capital, Wuham, 11 milhões), em pleno inverno. Dificilmente os países ocidentais saberão enfrentar o surto com igual eficácia. Veja-se o caso dos EUA, às voltas com um surto anual de influenza do qual o CDC não consegue dar conta que se arrasta por 4 meses, atingiu mais de 26 milhões de pessoas, com vítimas fatais acima de 25 mil, conforme noticiou o jornal Washington Post:

    https://www.worldometers.info/coronavirus/coronavirus-cases/

    https://www.worldometers.info/coronavirus/coronavirus-cases/

    1. O número de casos novos está se estabilizando pelo comportamento natural de toda epidemia, quando os novos expostos à doença se tornam menos numerosos (a maioria da população-alvo já foi atingida), e os primeiros infectados que não morreram evoluem para a cura. De nada significam alegações de “eficiência chinesa” na contenção da doença. Na verdade, o papel do Estado Chinês na epidemia é duplo: de um lado, a absoluta incompetência em reconhecer o problema, rejeitando o alerta do médico que percebeu o padrão de alta infectividade da doença (o que lhe custou a vida). Do outro, a exibição de meios de contenção, típicos e apenas possíveis, em um regime ditatorial. Não é questão de eficácia ou falta dela, o Ocidente não pode enfrentar a epidemia nestes termos simplesmente porque nenhum país democrático vai aceitar regiões inteiras sob lei marcial até que números elevados de doentes obriguem a tal, mas aí já será tarde para a maior parte dos infectados dos subgrupos de maior risco. Ah, sim, os números da epidemia de influenza mostram mortalidade geral de 0.09%, conforme os números do Post, que aliás descreve a epidemia de Influenza como “não inusual”, muitíssimo menor que os 3,3% demonstrados no momento pelo Covid-19, segundo a OMS e a Universidade Johns Hopkins.

  3. Aí está o grande perigo. A doença poderá se espalhar por países que não têm uma estrutura de saúde pública adequada para combatê-la. Devemos perguntar se os senhores militantes da extrema-direita no Brasil, que acreditam em coisas tais como criacionismo e terraplanismo, também são contra a vacinação, como seus correligionários estadunidenses que morreram como moscas nos Estados Unidos por rejeitarem a vacina contra a gripe suína como sendo “coisa do demônio”. Até que a gripe chinesa chegue ao Brasil, já deverá ter sido criada eficaz vacina, que aqui poderá ser fabricada pelo Instituto Oswaldo Cruz, se até lá ele ainda sobreviver.

    1. Alecs, a questão não é “se”, mas quando. Ela vai chegar, sim, de toda maneira, pois não há controle possível quando o número de infectados se espraia muito. De pouco adiantará listar China e países próximos a ela como de “alto risco”, pois o contágio virá de contactantes de alguém que nem mesmo precisa ter estado lá, podendo ter sido infectado por alguém e já estar disseminando, a chamada contaminação terciária. E a resposta à sua indagação proposta está no Irã, que reúne algumas das condições que temos por aqui, em termo de obscurantismo político e religioso, bem como de saúde pública limitada por razões econômicas, apesar de ter uma população mais esclarecida e ciência médica bastante boa. O número de contaminados aumenta mais rapidamente que em outros locais, e a contagem de mortos vem aumentando de forma exponencial. Quanto à uma vacina, esqueça. Os testes necessários à aprovação de qualquer vacina inviabilizam qualquer chance de vacina antes de pelo menos 6 meses, prazo mais que suficiente para a chegada do vírus. Aposto nos meses de abril-Maio, quando a temperatura apresenta quedas acentuadas e bruscas no Sul e Sudeste do País.

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