
Dólar a R$ 5,06, um real e cinco centavos acima do que valia ao se iniciar o ano, dois meses e meio atrás, 26% de desvalorização cambial.
Bolsa de Valores a 71 mil pontos, a mesma que começou o ano a 117 mil pontos, 38% de desvalorização.
É o coronavírus? É.
Mas não é só ele.
Temos, disparado, a moeda que mais se desvalorizou no mundo, e com a fuga dos investidores estrangeiros ajudando, a Bolsa que mais caiu.
O Brasil é um país em dissolução porque não tem política econômica, não tem presidente e tem um ministro da fazenda que não é capaz de propor nada que não sejam reformas ruins e de efeito demorado e que não consegue pensar em outra coisa senão vender estatais, como fez hoje, ao falar à Folha, pedindo pressa na venda da Eletrobras, como se alguém estivesse, a esta altura, interessado em comprar, a não ser por migalhas.
Temos uma emergência sanitária, mas temos também uma emergência econômica.
Precisamos evitar a morte de pessoas, de empresas e de empregos.
Não adianta liberar liquidez para o sistema bancário se este é deixado livre para estabelecer juros insanos. Comemora-se lucro recorde do BNDES – obtido vendendo patrimônio – e não se mobiliza o maior banco de fomento do país para nenhum programa emergencial.
Está explicado porque Paulo Guedes não quer que empregadas domésticas vão à Disney: o pateta está aqui mesmo.
Ele.