Aconteceu o impensável, mas não o imprevisível.
Jair Bolsonaro apareceu em rede nacional de televisão “prescrevendo” o remédio milagroso contra o coronavírus, aquele que o mundo inteiro não se atreveu a suar.
É o presidente quem medica, não os cientistas e os médicos.
Danem-se os protocolos científicos, os estudos científicos, os ensaios clínicos.
Se o governante do país prescreve e o ministro da Saúde se cala, dizendo que “é o Conselho Federal de Medicina quem decide”, sem ter coragem nem meios para decidir, porque um médico de trinta e poucos anos vai decidir?
Tem uma recomendação oficial, nem mesmo contestada, porque não haveria de dar hidroxicloroquina ao paciente que, desesperado, pede algo que possa lhe aliviar a angústia respiratória?
Pode um passe de umbanda? Pode! Pode uma vela e um copo d’água? Pode! Pode uma oração? Pode!
Tudo isso pode, mas não é medicina.
O Sistema Único de Saúde, a partir de hoje, tende a tornar seus pacientes cobaias de um grande ensaio clínico de medicamentos que envolvem milhões de dólares e centenas de milhares de vidas.
Seremos uma vasta fauna à disposição de um experimento mortal, conduzido pelo Presidente da República.
Teremos sorte se o cenário à frente for o da Itália, com comboios de caminhões militares a carregarem corpos, como vimos na Itália.
23 respostas
Vivemos pra ver essa aberração dizer isso em rede nacional. Patético é pouco.
Depende do medico. Se ele prescrever… O farmaceutico tb pode vetar a venda se for etico. Depende de cada um deles e eles responderao nao Bozo. Igualmente os governadores serao responsabilizados pela quebra de quarentena. Bozo sempre vai se safar. Ele tem o mercado do lado dele.
Novamente o fator Bolsonaro distorce o debate completamente. O resultado são situações bizarras. A cloroquina daqui a pouco vira veneno. Os médicos ocultam seus tratamentos como os alquimistas medievais. E por aí vai…..
Novamente o fator Bolsonaro distorce o debate completamente. O resultado são situações bizarras. A cloroquina daqui a pouco vira veneno. Os médicos ocultam seus tratamentos como os alquimistas medievais. E por aí vai…..
De “capitão corona” a “doutor cloroquina” esse miliciano genocida nos brinda diariamente com uma nova dose de imbecilidade inacreditável.
O seu estoque não termina nunca.
O Trump, que começou com essa defesa da cloroquina, desistiu dela depois que publicaram que ele tinha relacionamento pessoal com donos de uma fábrica de cloroquina. Mas até o detetive Bolinha Aranha diria que a ideia fixa do capitão com este remédio vem do fato de que ele se considera curado por ter ingerido pessoalmente a droga. O capitão nem sequer desconfia que os dedos da mesma mão não são iguais.
É apenas uma estratégia.
Se a Cloroquina der certo, o Bozo sai com o bônus (ou até como “messias”) e nesse caso não tem nada a perder politicamente, pois qualquer coisa fala que não era médico, mas queria a cura.
Se ocorrer, como vai ocorrer a recessão, fala que foi culpa de governadores e prefeitos que fizeram o isolamento para que não se ultrapasse a linha de limitação do SUS – empurra o ônus para esses.
O CN adora o caos para justificar passar leis com barbaridades para satisfazer os interesses dos que sempre ganharam…
Infelizmente, a esquerda tem que começar a destruir os alicerces que ainda mantém o Bozo: Moro, Guedes, Mandetta, Internet… Demonstrando que esses não são técnicos e são da mesma politicagem da familícia.
Enquanto isso a propaganda do Bozo tenta colocar a pecha da crise em Governadores/Prefeitos pela sua inépcia como presidente, contra a Esquerda/Oposição que querem colocar a pecha que faz política na crise (mas sem a esquerda os trabalhadores não iriam receber nada na crise, segundo a primeira MP editada), além de ruir ainda mais as fontes de “verdades” (Universidades, Professores, Ciência, Mídia, etc) pra que só a narrativa do delírio deles consiga sobreviver.
De “capitão corona” a “doutor cloroquina” esse miliciano genocida nos brinda diariamente com uma nova dose de imbecilidade inacreditável.
O seu estoque não termina nunca.
De acordo com o New York Times, o Trump é sócio de uma empresa que produz hidroxicloroquina.
Hoje Mandetta acabou com qualquer chance de merecer respeito, ao declarar que “desde que o médico se responsabilize, ele tem a caneta, ninguém vai impedi-lo de prescrever”. Bonito. Joga a bomba jurídica no colo de quem está na linha de frente: se o doente receber cloroquina e morrer, a família processa o médico pelo uso de uma medicação sem comprovação científica com muitos efeitos colaterais perigosos. Se não receber, a familia processa o médico por omissão de socorro por não ter “tratado” a doença. Se a droga não der resultado, lava as mãos e diz que nunca recomendou; se funcionar, dirá que jamais foi totalmente contrário e vai somar pontos junto ao mulo. É um rematado canalha, na pior acepção do termo. Embora nunca tenha enganado quem o acompanha politicamente.
Os médicos bolsonaristas correrão o risco de parar nos tribunais? Colocarão a fidelidade ao fanatismo político-religioso acima de suas responsabilidades médicas? Oh, dúvida atroz, oh, angústia existencial…
Os médicos, bolsonaristas ou não, estão sempre ao alcance da má prática jurídica, também chamada judicialização da medicina, Alecs. Há maus advogados em número suficiente para convencer pessoas que, na dor de perdas recentes ou na angústia de temer sofrê-las, entram na justiça com acusações de má prática (“erro médico”) por razões frequentemente sem amparo científico. Mas o linchamento público torna desimportante se a alegação tem ou não fundamento, o sensacionalismo televisivo adora alavancar audiência com tais eventos ainda que às custas de carreiras alheias. Há maus profissionais? Certamente, como em qualquer profissão, mas lidar com vidas nos torna alvos maiores e mais fáceis. Só que os que caem primeiro geralmente são os que estão mais expostos, não necessariamente os piores. E seguramente os mais expostos estão na rede pública, cujas condições de trabalho são sabidamente ruins, mas mantém o SUS funcionante malgrado tais riscos. O que torna mais cruel a ironia de tais ocorrências.
E sem aqui me colocar como defensor corporativo dos colegas, de cuja posição política em geral nem comungo, digo-lhe que acima de qualquer fidelidade ideológica ao que quer que seja, hoje o maior medo de qualquer profissional sério é o de se ver arrastado aos tribunais de inquisição midiáticos mesmo tendo mantido suas responsabilidades médicas. Isto nada tem a ver com partidarismo, mas com um exercício profissional que, aos que o fazem com seriedade, nunca foi fácil, mesmo antes do Sars-CoV 2 surgir. Aos irresponsáveis, bom, pra eles sempre foi fácil exercer qualquer atividade, não é? Saudações!
NUNCA me enganou, caro EU.
Faço minhas TODAS as suas palavras.
Parabéns pelo comentário.
Fosse a cloroquina o remédio, os isteites não estariam na situação atual, gerada pela resistência do trump em parar o país antes …
De uma coisa eu tenho certeza: tal como 75% é a favor do isolamento, certamente, 75% não vai se meter com a cloroquina, tanto a população quanto os médicos éticos. Mas o ministério da saúde tinha que ser enfático. Cloroquina não. Cloroquina, ainda não se conhece sua eficácia, seus efeitos colaterais já são conhecidos. Não ha segurança quanto à dosagem e outros parâmetros. Portanto, por enquanto cloroquina não. Nem os americanos estão receitando. Estão querendo saber o que acontece com os brasileiros e a partir daí concluirão que não.
O número de mortos pôr coronavírus tende a ser baixo,a cloroquina vai matar antes!
Caro Fernando,cada povo tem o que merece e nós temos o que merecemos.
Ô Adélio, por onde andas!??
Umbanda não pois fomos sempre uma nação católica apostólica romana e agora evangélica, todos crentes do rabo quente!
Muita igreja e falsa crença e pouca ou nenhuma verdadeira Religião (bondade, compaixão, virtude, solidariedade, responsabilidade, etc etc) os males da nação são.
Chega a ser dramática a insistência do Olavo de Carvalho para que o Brasil não adote o isolamento social e se destroce o mais que possa nas garras da pandemia. Parece que para ele é intolerável que o Brasil possa ter uma chance de atravessar a tormenta de maneira mais ou menos equilibrada, enquanto os seus Estados Unidos se esfacelam em pânico e morte.
Discordo de que um passe de Umbanda ou uma vela e um copo d’água venham a ser prescritos, porque são repudiados pelos evangélicos. Agora, o exorcismo de um pastor (um ungido de deus, como diz o Malacheia) certamente será recomendável, desde que bem remunerado pela família da vítima, digo, do paciente. De preferência, na presença de uns trezentos fiéis. Todos sem máscara, porque estão protegidos pela fé.
O BOLSOBOSTA lembra muito o Dr.Mengele. Pouco na fisionomia, mas MUITO nas atitudes.
PUTA QUE O PARIU !
Quando será que o CFM irá representar esses criminoso por charlatanismo?
Quando será que o CFM irá representar esses criminoso por exercício ilegal de medicina?
Quando será que o CFM irá representar esses criminoso por exercício ilegal da profissão de médico ao recomendar o uso de drogas para tratamento de pessoas portadoras da COVID-19?
E o zeloso MPF, esta de férias ou é subordinado a esses criminoso?