Não é o’lockdown’, é a crise

A Folha registra, agora à tarde, com reportagem de Fernanda Perrin, o que os críticos da “reabertura geral” do comércio estão dizendo há meses: só 3% das pessoas dizem ter reduzido suas compras porque boa parte do comércio estava ou está fechada, enquanto 70% dizem que reduziram ou suspenderam comprar por terem perdido renda ou terem medo de perdê-la.

E mais: o consumo nem tão cedo vai se recuperar.

Exceto nos setores de roupas e calçados – onde perto da metade das pessoas ouvidas pela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria estimaram voltar a comprar dentro de seis meses – em todos os demais ficam perto de 10%, apenas, os que prevêem uma recuperação rápida dos seus níveis de compra.

Pior ainda, mais da metade nem espera mais voltar a consumir nos mesmos patamares.

Apesar da auto-ilusão estatística, que “comemora” pequenos aumentos de vendas sobre o “buraco” de abril/maio, a crise será longa e profunda, e essa conta nem inclui um novo agravamento da epidemia, aqui e lá fora, onde a coisa está feia e pode levar a outra derrubada da economia norte-americana.

 

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4 respostas

  1. Quando se tem o desprazer de assistir a Globo, a impressão é de que estamos na retomada. E não duvido que, ano que vem quando alguma recuperaçãozinha deve ocorrer, a classe média acredite e até ache que o Bozo está salvando o Brasil.

  2. Falta de renda? Comércio sem consumidores? Industria sem encomendas? É a CLT, estúpido. Ou o assassinato dela. A CLT era âncora que segurava a economia brasileira. Agora que o genial psicopata Guedes e todos os debilóides que o cercam cortaram essa amarra, a economia brasileira está à deriva, a caminho das rochas da Depressão Econômica.

  3. Criar uma legião de miseráveis,estender a praga da fome e matar o maior número de Brasileiros é o projeto dessa gente,por isso absorvo tantos processos quantos vierem,pago a cadeia que tiver de pagar(se me encontrarem) mas posto todo santo dia:- É preciso matar bolsonaro!

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