Guedes abre o jogo: é só para tirar do trabalhador

Em palestra, hoje à tarde, para a Fundación Internacional para la Libertad – um think tank de direita liderado pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa, o Ministro da Economia deixou bem claro, para quem quisesse ouvir: a reforma tributária não visa financiar qualquer programa social e que, segundo a agência Reuters, é a “redução dos encargos trabalhistas está por trás do novo imposto que está sendo estudado pela equipe econômica”.

E o que a mídia não esclarece sobre o título genérico de encargos é o que isto representa: as contribuições para a Previdência, para o Fundo de Garantia – e ambos reverterão para o trabalhador – as férias, o 13° salário, as licenças (saúde e maternidade, na parte paga pelo empregador), vale-transporte e alimentação (dedutíveis no IR empresarial). O que vai para o governo nos encargos é o PIS – que deveria financiar o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial – e o Cofins que bancaria os programas de assistência social.

Portanto, a “redução dos encargos trabalhistas” é, nada mais, nada menos, uma tunga dos recursos que vão para os programas sociais e de benefícios trabalhistas e que será injetado diretamente na conta das empresas. E a CPMF “remake” sairá do público em geral – porque negociantes e empresários vão repassá-la aos preços, olimpicamente.

A reforma tributária de Guedes é isso, um saque nos recursos que vão para o trabalho e uma injeção no caixa empresarial, no qual ele a muito custo – e se lamentando – não tem (ainda) o poder de investir sobre o que está fixado na Constituição.

Mas, tal como aconteceu com a CPMF – tantas vezes negada e, agora, na iminência de ser proposta – isso é “por enquanto”.

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9 respostas

  1. Parece que o Guedes vive de alternar momentos extremos: Um dia chega em casa esbaforido, correndo para fazer as malas apressadamente. Outro dia relaxa e volta a rifar e a vender tudo o que possa. Onde será que o Guedes vai viver quando deixar o Brasil? Será que vai morar nos Estados Unidos?

  2. O guedes também acha que os pobres e os trabalhadores resolverão os problemas do país; são quase 120 milhões e tirando um pouco de cada um… tirando uns 100 reais, quem sabe 300 reais, de 120 milhões,12 meses, 10 anos, dá uma pequena fortuna.
    Ele e o bolsonaro não são hipócritas, não negam o desastre que promovem.

  3. Que quase 30% da população apoia tudo que esse traste imundo e fascista faz de maneira cega é o que mais me entristece. São as raposas convencendo as galinhas que ciscar o chão vale mais que comer milho.

  4. Parece que o Guedes vive de alternar momentos extremos: Um dia chega em casa esbaforido, correndo para fazer as malas apressadamente. Outro dia relaxa e volta a rifar e a vender tudo o que possa. Onde será que o Guedes vai viver quando deixar o Brasil? Será que vai morar nos Estados Unidos?

  5. Sim, o que o governo está fazendo é o de sempre: tirar dos pobres para dar aos ricos.
    É por isso que a tal frente “amplíssima” se recusa a encampar o Fora Bolsonaro. FHC, Kim Kataguiri, Luciano Huck, Ciro Gomes, Marina Itaú e outros apoiam 100% a política econômica do Guedes.

  6. “A direita é burra” é uma afirmação cujas exceções confirmam a regra. Como pode um escritor como o Vargas LLosa que escreveu o maravilhoso “Pantaleão e as visitadoras” ser este pastiche de direita? A direita só tem poder porque se organiza como gado, unida e violenta, em defesa de seus privilégios, da sua aquisição, conservação e aumento, e os privilégios geram poder. O problema da falta de poder da esquerda é a sua desunião; mas é o preço que se paga pela natural autonomia de uma cabeça pensante.

  7. Disso,ninguém tem duvidas.É o representante,dos antigos e falidos patrões,que usam a PESTE,como justificativa da crise do IMPERIALISMO FINANCEIRO,que não tem mais onde, aplicar seus capitais,já que ate os tesouros dos países,que viviam dos AUSENTES TRIBUTOS,também faliram.Mas o POVÃO,que viciou por levar no rabo,gosta deles e se merecem.Eu até acho,que o POVÃO,e muito mais sem vergonha na caras,do que essa CANALHA.

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