Se estamos em risco de apagão, por que não reativar horário de verão?

Jair Bolsonaro, ontem, em mais um dos espetáculos de primarismo de suas lives, tentou justificar o salto nas tarifas de energia (que pularam, de uma só vez, para a “bandeira vermelha 2” (aumento de R$ 6 a cada 100 kwh consumido) em razão do baixo nível dos reservatórios do Sudeste, Centro Oeste e Nordeste, em média com apenas 15% do armazenamento de água em suas represas.

Primário como é, ficou naquela cantilena do “apague uma luz em casa” e “tome banho um pouco mais rápido”.

Bem, se pequenas diferenças podem ajudar, é o caso de lembrar que Jair Bolsonaro acabou com o horário de verão, sob o argumento de que a economia que este proporcionava era pouca (e, de fato, caiu para algo em torno de 2 a 3% nos últimos anos em que foi adotado).

Mas se o pouco, agora, faz diferença, ao ponto de se pedir que o cidadão se prive de esfregar as orelhas no banho e não acenda a luz da árvore de natal, porque não voltar a adotá-lo, imediatamente?

Ah, mas economia de energia não traz caixa para as empresas, ainda mais quando o seu nível de investimento é baixíssimo e, por anos, competiu ao Estado bancar a construção de usinas para, depois, entregá-las à exploração privada.

Como já anunciou que pretende fazer com a própria Eletrobras, privatizando-a.

O problema do sistema elétrico brasileiro é que, desde o governo Dilma, abandonou-se todo o programa de expansão da produção de energia e, mesmo crescendo pouco (ou até encolhendo, como neste ano de pandemia) nossa capacidade geradora não tem a folga necessária para fazer frente a desarranjos climáticos que façam escassear a chuva.

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Uma resposta

  1. Interessante… teremos muitos Bosomínions deixando de lavar “as partes” para economizar água, luz, sabonete…
    Queriam tanto um Brasil Cheiroso e Perfumado!
    Arregaça Bosó!

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