Fiocruz só deve ter vacina própria no final de fevereiro

Em entrevista à Globonews a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade, deu, afinal, as datas aproximadas em que Bio-Manguinhos começará a entregar vacinas envasadas no Brasil e uma previsão menos genérica de quando estarão prontas para serem aplicados os dois milhões de doses compradas ao Serum Institute, da Índia.

Ela deu como previsão o embarque das vacinas, na Índia, o dia 20 de janeiro. A chegada ao Brasil se daria no dia 21 e seguiriam para a rotulagem que, segundo Nísia, leva “cerca de um dia”. Ela não relatou o tempo que será necessário para algum controle de qualidade, ao menos por amostragem. Mas disse que a distribuição para os estados e municípios, feita pelo Ministério da Saúde, levaria três dias, pelo menos.

Portanto, se o Governo Federal quiser, de fato, iniciar a vacinação antes do dia 25 de janeiro, para evitar que ela comece por São Paulo, vai ter de contar com muita sorte e nenhum atraso.

É improvável.

Se quiser fazê-lo, terá de ser com a vacina Coronavac, a ex-maldita “Vacina Chinesa”.

É duvidoso.

Mas não foi a única data informada – finalmente! – pela presidente da Fiocruz. Ela disse que está esperando “para o fim de janeiro” a chegada do IFA (insumo farmacêutico ativo) com o qual Bio-Manguinhos trabalhará para fazer aqui a vacina de Oxford.

Isso significa que só lá pela terceira semana de fevereiro a Fiocruz poderá entregar alguns milhões de doses para a vacinação coordenada (a palavra não se encaixa bem, mas vá lá) pelo Ministério da Saúde.

O fluxo de imunizantes para tocar um mês de vacinação está, portanto, totalmente dependente da vacina do Butantã, a chinesa.

 

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