Bolsonaro fará a ‘ordem do dia’ de 64, amanhã?


Ao contrário da musiquinha ufanista “Este é um país que vai pra frente”, trilha sonora da ditadura militar, o Brasil é hoje, em tudo, um país que vai para trás.

Ou para o fundo, numa macabra metáfora com as 320 mil mortes que alcançaremos amanhã.

Jair Bolsonaro é um pastiche de líder popular, com traços de psicopatia tão evidente que só não são percebidos por seus admiradores igualmente psicopatas.

Está levando as Forças Armadas brasileiras, às quais faz de partido político – a um quadro de autofagia jamais visto.

O país está ardendo, com quase 4 mil mortes por dia (hoje foram mais 3.780) e o Exército Brasileiro, que deveria estar sendo a espinha dorsal da assistência à ao povo brasileiro, no drama em que vive o país, estará comemorando o 31 de março estropiado, desmoralizado, com seus oficiais generais entregues ao capricho de um anormal que estará celebrando a “vitória sobre o comunismo” que hoje já não tem sentido algum que não o de “triunfo de um louco”.

O novo ministro e, se já tiverem sido escolhidos, os comandantes do país estarão ao lado do “Mito” – não duvide que ele acabe por levá-los a uma de suas lives transtornadas – fazendo figuração para suas mensagens negacionistas e subversivas.

Na sua cegueira ideológica, muitos chefes militares não percebem que é um dos seus – ainda que, na definição atribuída a Ernesto Geisel, um “bunda-suja” – que os está levando a serem cúmplices, cada vez mais, de um genocídio que ficará por séculos em nossa História.

Senhores generais, deram-lhes cargos e poder, mas tiraram-lhes a dignidade e a honra.

Os senhores não estão sendo chamados para salvar o país, mas para matar brasileiros. Não a tiros, mas a golpe de um louco.

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