É claro que Jair Bolsonaro não vai responder à autuação que recebeu por provocar aglomeração – e sem máscara – no Sindicato dos Produtores Rurais de Açailândia, no Maranhão e será multado à revelia.
Ou melhor, vai responder com xingamentos políticos e defendendo a “liberdade de contaminar” contra o “comunismo da máscara”, decretado pelo governador Flávio Dino, a quem já chamou de “comunista gordo”.
Mas vai, no que puder, tentar fazer muito mal ao Maranhão, porque é assim que reage a quem tenta fazê-lo cumprir a lei.
Fez com que se castigasse o servidor do Ibama que o multou por pesca ilegal e, não satisfeito, jurou de morte a Área de Proteção Ambiental de Tamoios, que quer desproteger para instalar hotéis de luxo e cassinos.
Por conta das multas que tomou por excesso de velocidade na Rio-Santos, tentou e tenta acabar com os radares rodoviários.
Jair Bolsonaro é perigoso porque é uma variante maligna do vírus do autoritarismo, que tem de ser isolada para não continuar contaminando a vida brasileira com os efeitos mortais de sua irresponsabilidade.
Talvez as autoridades maranhenses não consigam deter a variante indiana, que chegou lá de navio e que está sendo bloqueada por todos os meios. Mas à “variante bolsonaro”, com multas não deterá. O tratamento é mais longo, vai até outubro de 2022. E a cura virá com doses maciças de voto.