Em entrevista, agora há pouco, a uma rádio de Curitiba, a Banda B, Jair Bolsonaro não fez comentários ou desmentidos à notícia de que o general Braga Netto, Ministro da Defesa, teria “mandado recado” ao presidente da Câmara, Arhur Lira, de que se não houver voto impresso em 2022, não haverá eleições.
Ao contrário, repetiu o que diz há ano e meio, que vai apresentar “provas” de que as eleições de 2014, nas quais Dilma Rousseff venceu Aécio Neves e também nas de 2018, onde diz ter ganho do 1° turno.
“Na semana que vem nós vamos apresentar o que aconteceu no segundo turno em 2014, nas eleições entre Aécio (PSDB) e Dilma (PT). Vai ser uma apresentação consistente sobre a vulnerabilidade do sistema. É uma coisa inacreditável. Em 2014, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) disponibilizou a apuração minuto a minuto e ali você comprova que houve uma interferência externa. Não dá para chegar uma eleição e o povo ficar na duvida sobre isso. Na nossa visão, nós ganhamos as eleições de 2018 no primeiro turno”.
Num momento destes, é o mesmo que confirmar, senão a ameaça, o desejo de obrigar à aprovação do voto impresso como condição de haver eleições.
Como se diz antes: um desmentido de algo tão grave não pode ser desacompanhado de uma afirmação de que as eleições ocorrerão sem condições impositivas.
Quem tem dúvidas sobre os propósitos golpistas, deixe-as de lado. E a conversa de fraude, está claro, é o choro do perdedor que quer “melar o jogo”.