Por que Eduardo Campos deu carona ao escorpião? Ou quem pegou carona foi ele?

Mesmo na política brasileira, onde o interesse pessoal, com tanta frequência, é o centro das razões políticas, é difícil entender porque Eduardo Campos entregou sua candidatura, de maneira tão evidente, às mãos de harpia de Marina Silva.

Porque parece evidente que não havia entre ambos, até a semana passada, sequer uma relação de proximidade, quanto mais uma identidade política, passo inicial de qualquer lealdade política.

É certo que Eduardo Campos, com suas alianças com caiados, bornhausens e heráclitos, não mirava um “renovação ética” nos quadros da política, mas o estabelecimento de bases estaduais de que sua candidatura se ressentia.

Marina, ao contrário, jamais as procurou e demonstrava crer que seu sucesso eleitoral poderia apoiar-se uma nova “adoção” de seu nome pelas classes médias urbanas e na confusa e algo anárquica aliança evangélica, que poderia dar-lhe os votos populares.

A docilidade com que Campos se entrega às baboseiras de “transversalidades” e “horizontalidades” do discurso marinista e aceita deixar “em aberto” a cabeça de chapa não é, absolutamente, algo que pareça fruto de uma harmonia entre ambos.

Antes, parece a pantomima de um trato que já está feito e que precisa de um balé para que se torne “natural” o que foi acertado entre ambos.

E o que foi acertado?

Parece que, além dos dois, talvez só os que promoveram o “acordo” o saibam.

Mas, por favor, não nos peçam para engolir que é uma “relação aberta”, uma “amizade colorida”…

Uma pista é o coro quase unânime da grande mídia de que “se Marina não for a candidata, Dilma leva no primeiro turno”.

Esse é o objetivo possìvel, neste momento, e é por ele que a direita e sua ferramenta, a mídia, trabalharão.

Eduardo, ao que parece, é o dócil veículo para este projeto.

Aparentemente, apenas, porém, porque seu controle sobre a máquina partidária, indispensável para a formalização de uma candidatura de Marina, é dele.

E, portanto, vale muito politicamente, e não apenas politicamente.

O “frete” eleitoral vai ser custoso.

Mas será pago, à vista e a prazo.

A ambição de Campos e de Marina tem uma diferença.

A dela tem muita pressa.

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19 respostas

  1. Rabo de lagarticha, sapo, escorpiao… Prefiro passar a palavra a Ze do Caixao que entende melhor que eu. Boa Noite.

  2. Já fiz essa pergunta antes em algum lugar recentemente. Se a Marina não apresentou nem programa de governo nem proposta concreta nenhuma, é hora de perguntar de novo ao Itaú. Qual o projeto de país que vocês, do Itaú-Unibanco tem (Setúbal e Bornhausen, sim, porque um dos Bornhausen é presidente do conselho do Itaú-Unibanco). Porque de novo mesmo, nem da tão falada Rede nem do PSB apareceu nada ainda. Parece promessa de mágica que não se realiza.

  3. Aqui no Alto Xingu, os índios acham que, nesta altura dos acontecimentos, a Rede já surrupiou do nosso ingênuo Dudu o controle da máquina partidaria. Pela simples razão, de que ela não mais existe como sangue puro Duduziano, mas algo como uma rede de pesca de mais amplo alcance, fora dos limites originais alcançáveis nas maozinhas de Dudu.

  4. Não há mais espaço para liderança de direita. FHC foi o último, e vai demorar muito para que a população dele se esqueça. A aparência de esquerda que Eduardo tinha, não tem mais, vai, certamente, ser eleito para novos mandatos, mas não para presidente. Marina já passou por cima dele. Ele deixou de ser relevante e levou junto o PSB, que mais parece um balaio de gato, cabe qualquer coisa nesse partido e, por isso Eduardo começa a perder liderança dentro do próprio partido, e fora dele não existe.

  5. Nas ultimas eleicoes americanas, um dos candidatos, esqueceu qual era seu programa de governo em um debate. Parece que a moda pegou!.

  6. ER INCRIVEL KOMO A SANTINHA DA MARIN kolokou as asasd e fora tar fazendo o discursso do psdb ora poupa lula ater o serrra poupou pra enganar o povo axo ki ela er lobo em pele de kordero

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