Impressionante a agilidade com que a Justiça atendeu aos pedidos do Governo e das concessionárias para evitar os protestos dos caminhoneiros marcado para amanhã. Em poucas horas, foram dezenas de liminares concedidas para que os motoristas protestem à beira das estradas ou as interrompam para reivindicar o controle dos preços do óleo diesel.
A categoria, que podia fazer o que bem entendesse em governos anteriores, inclusive com o apoio, de corpo presente, do atual mandatário do país, agora é publicamente desqualificada pelo ministro Tarcísio de Freitas, dizendo que as paralisações anteriores aconteceram porque o agronegócio e as empresas de transporte as fizeram.
Portanto, que não foram greves, mas lockouts patronais.
Esta aí, provavelmente, a razão da rapidez com que os juízes se moveram, às dezenas em poucas horas, para dar cobertura às ações policiais para remover à força os caminhões dos trevos e acostamentos das rodovias.
Se isso pode evitar – e provavelmente evitará – bloqueios mais intenso e prolongado das vias, não impedirá que seja um imenso desgaste político para Jair Bolsonaro, que perde a aura de “candidato dos caminhoneiros”.
Não vai chegar a atrapalhar seus passeios em Roma.