Porque Lula ainda subirá mais

Inútil como aquelas conversas sobre quem foi o melhor jogador de futebol do mundo – impossível comparar as circunstâncias e ter visto jogar alguns deles, por conta da idade – a pesquisa Datafolha sobre “quem foi o melhor presidente da História tem, ao menos uma serventia.

Se 51% marcam o nome de Lula como “o melhor” e certamente há outros que o consideram um dos melhores – preferindo Getúlio Vargas (4%); JK (4%); Dilma Roussef (1%) ou até sem responder (11%), é natural que, na hora do voto, perto de 60% optem, senão pelo melhor, por “um dos melhores” presidente que o país teve.

Na outra ponta, a escolha de Jair Bolsonaro, com 48%, como “o pior presidente” que o Brasil já teve dá-lhe um teto tão baixo que seria impossível ter uma vitória, mesmo em 2° turno.

Pare-se por aí, porque a pesquisa não é referência para reflexões maiores, nem mesmo sobre a memória popular, porque feita no calor de uma disputa eleitoral que já tomou conta do Brasil, única explicação possível para que Bolsonaro tenha quase o triplo das menções das figuras históricas apresentadas como opção. 11% é o tamanho do culto maléfico que envenenou o país.

Quanto a Lula, as posições que ocupa desde 2002 e mesmo durante o eclipse da razão ocorrido nos anos Lava Jato, mais do que justifica a informação sobre a escolha de seu jingle eleitoral, publicada hoje em O Globo: Lula já / O Brasil tem pressa / Lula já / Pra acabar com a fome / Lula já / Chama logo o homem / Lula já.

O Brasil tem, a cada dia, mais sentido de urgência.

 

 

 

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