Patético, pior que as velhas novelas mexicanas.
O príncipe de Veneza de Sergio Moro, o ex-Veja Diogo Mainardi. pede hoje que ele “renuncie” a sua candidatura a deputado federal, depois de ser descartado até como candidato ao Senado, afirmando que o “União Brasil” seria “uma arapuca”.
Este blog deveria – como estão fazendo já as pesquisas presidenciais – ignorar o ex-juiz politiqueiro.
Mas o que acontece com ele e a seita de fanáticos e oportunistas que reuniu é didático demais para ficar sem registro.
Moro, Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro foram, cada um em um poder da República, os grandes corruptores das instituições democráticas do país.
Colocaram, respectivamente, o Judiciário, o Legislativo e o Executivo a serviço das mais torpes ambições pessoais e ao sabor de suas próprias desqualificações.
Os dois primeiros já foram, embora deles fiquem as sequelas de uma Justiça politizada e de um Congresso no qual a picaretagem é a lei.
Falta o terceiro, e não nos custará pouco fazer com que isso aconteça.
Bolsonaro é o último ícone da selvageria a quem muitos ainda prestam idolatria, numa prova cabal da eterna mediocridade de nossas elites.
E a disposição de parte dela de continuar com ele, mesmo depois de três anos e meio de desastres, estagnação, empobrecimento e atraso, indica algo pior: que é este inferno o projeto que tem para o país, desde que ela continue sobrenadando com seu luxo gorduroso o caldo de horror que nos tornamos.