De volta às férias, Bolsonaro!

Depois do compromisso “chato” de dar uma volta de helicóptero sobre a Grande Recife inundada e conceder uma entrevista coletiva promovendo seu amigo sanfoneiro Gilson Machado, Jair Bolsonaro voltou hoje a seus programas de lazer, passeando de moto num barreiro onde será – ou se promete ser – um complexo esportivo em Jataí, cidade de 100 mil habitantes e, depois, mais uma feira agropecuária el Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, para mais alguns “irrú” cavalariano.

Campanha total e nem mesmo disfarçada, claro.

O preço dos combustíveis – sobretudo o do diesel, é uma bomba-relógio que ele ignora solenemente, achando que basta fazer “apelos” para que a Petrobras “não quebre o Brasil” e dizendo que os R$ 0,82 que, em média, incidem de ICMS no produto são os responsáveis pela elevação dos valores cobrados nas bombas.

Como o aumento do diesel, que segue em alta (assim como o petróleo bruto e a gasolina) no mercado internacional é uma questão de tempo, que só a indefinição do comando da Petrobras está adiando, parece ser uma questão de tempo (ou nem só disso, porque os mercados de commodities são futuros e as entregas arriscam-se a demorar semanas) e até de escassez, tudo ameaça ficar pior.

Isso simplesmente massacraria a expectativa para lá de otimista de inflação negativa em junho, que é a projeção oficial do governo.

Governo? Que digo eu? Faz tempo que deixamos de ter um e passamos a ser dirigido por um jogo de oportunismo em que qualquer medida é válida para eleger Bolsonaro, ainda que à custa da quebra da já tosca estrutura fiscal do país.

Tanto que, revela-se hoje, recusou-se a discutir com o presidente da Petrobras (o agora demitido José Mauro Coelho) qualquer fórmula para diluir o aumento de preços.

Ele não tem nada com isso.

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