A conjuntura não poderia ser melhor para Bolsonaro: pagamento do Auxílio-Brasil turbinado, os “vales” para taxistas e caminhoneiros caindo nas contas, redução do preço da gasolina e da eletricida e a mistificação religiosa no máximo e , ainda assim, Lula vencendo a eleição em primeiro turno.
Os 44% dados a ele pela pesquisa Ipec (o extinto Ibope) são, considerados os votos em candidatos – os válidos pela regra eleitoral – representam 51,8% dos votos, no limite da margem de erro em primeiro turno. Os 32% de Bolsonaro, sobre os válidos, são 36,8%.
É, aproximadamente, o cenário que se exprime numa simulação de 2° turno entre ambos (51% a 35%).
Esta é uma eleição que se definirá na rejeição e a de Lula não tem, neste e em outras pesquisas, subido. É a mesma que se registrou mesmo nos períodos de sua maior popularidade no governo, malgrado o reconhecimento de seu sucesso.
A pesquisa Ipec recoloca a eleição naquilo que antes de começar a “onda” de que Bolsonaro crescia em função de seu “pacote de bondades” era encarado como a realidade da disputa eleitoral, a de se Bolsonaro sobreviveria à primeira rodada de votação ou perderia já no primeiro turno.
O dado mais importante, ao meu ver, é a estabilidade da rejeição a Lula em 33% o que
Os partidários do “Jair Paz e Amor” receberam como uma derrota a pesquisa.
Dezenas de bilhões de reais de dinheiro distribuído não fizeram a diferença necessária e a turma do “Jair Sangue e Horror” está pronta para pegar as rédeas da campanha.
Não há possibilidade, mostram os números, de que progridam os candidatos nem-nem.
O embate é claro e alógica é a da migração de seus votos para Lula.