Por todo o país, os radicais do bolsonarismo estão se concentrando em frente aos quartéis a as Forças Armadas permanecem em um silêncio que estimula esta escandalosa tentativa de subversão da ordem.
Nem é preciso dizer que porta de quartel não é, óbvio, local de manifestação democrática, mas de provocação antidemocrática e golpista, porque pretende conseguir nas armas o que perdeu nos votos.
Também não é crível que a elite das Forças Armadas seja obtusa como Jair Bolsonaro e ache que, dias depois de uma eleição, se possa dar um golpe de Estado “em nome da democracia”, contra as instituições e absolutamente todo o mundo civilizado.
Mas o silêncio do Ministério da Defesa está estimulando estes atos, sem sombra de dúvidas e isso, por si só, já é contrário às suas responsabilidades constitucionais.
Ou será que se manteriam quietos se estas manifestações fossem da esquerda?
Vão esperar que a Justiça mande proibir manifestações em frente a quartéis, em nome da ordem pública, para ser fazerem de “vítimas” de interferência do Judiciário?
Ou vão se associar ao não-reconhecimento expresso dos resultados das urnas, como faz o ainda presidente? É bom lembrar que o fato de serem comandados por ele não significa que sejam seus cúmplices.
Não há motivos para pavor, mas há motivos de sobra para que se cobre a desocupação da frente das instalações militares, virtualmente bloqueadas em quase todo o Brasil por gente que vai pedir intervenção e “mão grande” sobre o voto dos brasileiros.
E, para isso, basta reafirmar o que deveria ser óbvio: reconhecer que o resultado das eleições será respeitado, como é seu dever. O que custa aos militarers dixerem o que Bolsonaro disse aos ministros do STF: “acabou”.
Ou é de “mentirinha”?