A jornalista Raquel Landim, que publica uma coluna sobre assuntos de comércio exterior às sextas, na Folha, escreveu um correto e esclarecedor artigo ontem.
Faltou apenas, como dizia o outro, “juntar (explicitamente) o nome à pessoa”.
Ela rememora o contencioso entre Brasil e Estados Unidos no mercado mundial de algodão, quando o Brasil se queixou à Organização Mundial do Comércio porque os americanos estavam subsidiando sua produção de algodão acima dos limites permitidos.
Houve, depois de muitos desaguisados, um acordo para que os EUA indenizasse os produtores brasileiros em US$ 147 milhões por ano, enquanto não cortassem os subsídios (que palavrão, não, senhores neoliberais?) ao níveis aceitos nos tratados internacionais.
E eles vinham pagando, direitinho.
Mas pararam em setembro deste ano.
Por que? O que aconteceu em setembro para que parassem?
Bem, para quem não se lembra, em 1° de setembro vieram à tona as denúncias de espionagem da NSA sobre as comunicações oficiais brasileiras, inclusive as da presidenta Dilma Rousseff. E, no dia 8, a arapongagem sobre a Petrobras.
Foi isso o que faltou dizer.
Mas, corretamente, Landim escreve que o Brasil não tem outra saída senão retaliar os Estados Unidos de acordo com as decisões da OMC sobre o caso, o que pode ser feito até com quebra de patentes.
O Brasil, segundo ela, está evitando o quanto pode uma ação hostil, mas até empresários reconhecem que “os EUA colocaram o Brasil numa situação insolúvel”.
O desfecho desta história é acompanhado com enorme interesse pelos países da África, produtores de algodão, e pela China, que tem nesta fibra um de seus dez maiores itens de importação, apesar de ser também um grande produtor.
É engraçado , diante desta atitude americana, a gente ver outros jornalistas dizerem que é o Brasil que está fazendo um cavalo de batalha prejudicial às nossas relações com os EUA por conta da espionagem.
Nós estamos cumprindo todos os acordos – muitos espúrios – internacionalmente firmados, naquela base do “pacta sunt servanda” tão ao gosto dos juristas.
Mas os Estados Unidos quebram o acordado nos fóruns internacionais com a maior sem-cerimônia.
E acham que sacudindo um dinherinho que não lhes faz falta terão diante de si governos e governantes ajoelhados, suplicantes.
Mister, passou o tempo do “bwana sahib”.
6 respostas
Os donos do PIG e seus pitibulzinhos amestrados ainda abanam o rabo pro “bwana sahib”… Vide o recente acordo com o Irã. Quando o Brasil (Lula e Celso Amorim)o negociaram com meio mundo, em termos melhores para os “ocidentais”, os amestradinhos daqui caíram em cima… agora, sumiram da pauta. Esse assunto algodão ficará nos cantinhos de página, podem crer.
Essa área de comentários conseguiu piorar com a mudança. Além de ser o único no planeta a exibir os comentários mais antigos primeiro, agora não é mais possível responder outros comentários. Francamente… Gostaria de saber depois o nome do webdesigner/empresa responsável por esse blog para não correr o risco de contratá-los.
Folha, Globo, Editora Abril, Estadão e todo o restante da mídia direitista sabem alienar como ninguém, sempre seguindo a cartilha do colonizado. Eles são estão a serviço dos norte americanos. Que máfia…
Dinheiro de propina de Trens abasteceu campanha do PSDB
A Focco Tecnologia, empresa de ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) suspeitos de envolvimento com o cartel metroferroviário em São Paulo, foi a segunda maior doadora da campanha do vereador tucano Mário Covas Neto, o Zuzinha, em 2012.
A consultoria também deu dinheiro, em menores quantidades, a outros políticos do PSDB na campanha de 2010, que hoje estão no primeiro escalão do governo Geraldo Alckmin (PSDB): o secretário estadual de Meio Ambiente e deputado estadual licenciado Bruno Covas e o secretário estadual de Energia e deputado federal licenciado, José Aníbal.
Sócios da empresa, os ex-diretores da CPTM João Roberto Zaniboni e Ademir Venâncio de Araújo foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de cartel e crime financeiro. Zaniboni foi condenado pela Justiça da Suíça por lavagem de dinheiro.
A Focco já recebeu R$ 32,9 milhões do governo paulista entre 2010 e 2013 por serviços de consultoria. Ela assinou contratos para “supervisão de projetos” com CPTM, Metrô, Agência Reguladora de Transportes do Estado (Artesp), Secretaria de Transportes Metropolitanos e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
A PF aponta Zaniboni e Araújo como “intermediários no pagamento de propinas” para beneficiar cartel no sistema metroferroviário suspeito de atuar nos governos tucanos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
Zuzinha e Bruno Covas são, respectivamente, filho e neto do ex-governador Mário Covas. Este era o governador em 1998, ano em que a multinacional alemã Siemens sustenta ter começado a operar o cartel no setor metroferroviário do Estado. Covas morreu em 2001, foi sucedido pelo então vice, Alckmin, atual governador, que terminou o seu mandato.
A Focco doou R$ 50 mil para Zuzinha em 2012, ano da primeira campanha do filho de Covas. Era a segunda maior doadora do total de R$ 904,7 mil que o vereador declarou ter recebido. Ele ficou em oitavo lugar nas eleições, com 61 mil votos, e assim conquistou uma das 55 cadeiras do Legislativo municipal.
Em 2010, a consultoria de Zaniboni e Araújo já havia doado para as campanhas do sobrinho de Zuzinha, Bruno Covas, e de José Aníbal. Bruno acabaria se tornando o deputado estadual mais votado, com 239.150 votos. Ele contou com uma doação de R$ 2 mil, e Aníbal com uma de R$ 4 mil.
O atual secretário de Energia do Estado ainda recebeu uma doação de R$ 2 mil do consultor Arthur Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista do cartel. Aníbal foi eleito como o 19.º deputado federal mais bem votado, com 170.957 votos.
Desligamento. Zaniboni e Araújo, sócios da Focco, foram os primeiros agentes públicos a serem indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga o cartel dos trens – há outros indiciamentos envolvendo o cartel, mas no setor de energia.
Zaniboni foi diretor de Operações e Manutenção da CPTM entre 1999 e 2003, e Araújo foi diretor de Obras e Engenharia da estatal entre 1999 e 2001. Zaniboni se tornou sócio da Focco em 2008, quando já estava fora da estatal do governo tucano. Após ter seu nome envolvido com o escândalo do cartel, em agosto deste ano, ele deixou a sociedade com Araújo.As informações são do jornal O Estado de São Paulo
Folha, Globo, Editora Abril, Estadão e todo o restante da mídia direitista sabem alienar como ninguém, sempre seguindo a cartilha do colonizado. Eles são estão a serviço dos norte americanos. Que máfia…
E ainda querem nos empurrar aviões de guerra.