A nova política econômica: “que se dane, talquei?”

Lê-se na Folha que Paulo Guedes vai insistir, apesar do veto do Tribunal de Contas da União, com a sua proposta de “meta flexível” para o Orçamento.

Traduzindo é um “a gente vai levando e, conforme for, o rombo vai ser X ou dois X, ou três…”

Em outra reportagem, diz-se que Bolsonaro também desistiu de apresentar propostas para a tal reforma tributária (que já morreu) e deixar que o Congresso – leia-se Centrão e Rodrigo Maia – façam o que quiserem.

A única coisa pela qual Guedes promete se esforçar, agora, é a venda da Eletrobras, dos Correios e do que mais conseguir, para torrar o arrecadado no rombo fiscal de “seja lá quanto for”.

Muito provavelmente não teremos Orçamento aprovado – e Deus sabe o quanto de loucura ele conterá – até o início do ano e, para falar a verdade, nem mesmo uma situação econômica que, aqui e lá fora, finge que não vê o agravamento da crise sanitária.

Ontem os EUA bateram recordes de casos novos de Covid num só dia – 200 mil! – e de mortes diárias – 2.885, mais do que os mortos do ataque terrorista do World Trade Center!

E vai piorar, no diagnóstico unânime dos especialistas em Saúde, pois o país tem um número de internações igualmente recorde: 100 mil, dos quais 20 mil em unidades de terapia intensiva, sendo quase 7 mil entubados.

Achar que isso não vai se refletir na economia, só sendo louco e leviano, uma das duas coisas só não basta.

Não há a menor possibilidade – por todas as razões – de que vacinação vá resolver as coisas no curto prazo.

Estamos caminhando para uma segunda onda de recessão econômica e o organismo econômico está muito mais combalido do que na primeira, oito meses atrás.

 

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